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Refugiados africanos vão estudar na UFF

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Em iniciativa inédita no Estado do Rio, a universidade, durante o vestibular deste ano, aceitou refugiados. A idéia surgiu quando, em 2003, a Associação dos Refugiados Africanos no Brasil (Arab) mostrou o interesse de seus associados em estudar na UFF. A universidade, então, decidiu abrir as vagas ociosas a partir do primeiro semestre de 2005. Dezesseis alunos angolanos que estão no Brasil há alguns anos realizaram provas de Matemática, Português e Redação, junto com a segunda fase do concurso. As vagas disponíveis para esses candidatos são as não-preenchidas do Programa de Estudante Convênio de Graduação (PEC-G).
A diretora do Departamento de Administração Escolar da UFF, Soraia Rezende Hippertt, garante que só serão aceitos alunos devidamente legalizados e com registro no Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça. Para obterem reconhecimento do órgão, os interessados precisam provar que foram obrigados a fugir de seu país de origem em decorrência de discriminações e intolerância étnicas, religiosas, culturais e políticas. Desde 1997, o Brasil tem uma lei nacional específica na qual se compromete a receber, proteger e ajudar a integrar refugiados. Com previsão de continuidade do programa, Soraia Hippertt acredita que nos próximos anos mais refugiados irão procurar a universidade.
Doze alunos do grupo chegaram a concluir o ensino médio aqui no Brasil e estavam morando em diversos estados brasileiros. As carreiras escolhidas foram Economia, Engenharia Química, Civil, de Produção e de Telecomunicações, Geofísica, Direito, Arquitetura, Enfermagem, Medicina, Nutrição, Odontologia e Letras. Eles fizeram prova ao mesmo tempo que os candidatos ao vestibular da UFF, mas em sala separada, na Escola de Engenharia. O resultado final sai em 22 de fevereiro, junto com os de outros candidatos ao vestibular da UFF.

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