No último sábado, 17 de agosto, o Brasil perdeu Silvio Santos, tido por muitos como um dos maiores, senão o maior, comunicador da TV brasileira. Dono de uma trajetória única, comandou por décadas o programa de auditório que levava seu nome e foi objeto de estudo do livro “Silvio Santos vem aí: programas de auditório do SBT numa perspectiva semiótica” (Eduff, 2011), Silvia Maria de Sousa.
Na obra, a autora faz uma análise semiótica do Programa Silvio Santos e procurou detectar os mecanismos de produção de sentido, tanto no plano do conteúdo quanto no da expressão, que envolveu o espectador brasileiro, estabelecendo com ele um contrato de confiança e adesão.
Professora do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem da UFF, Sousa analisou minuciosamente a linguagem sincrética, múltipla e diversificada que constitui o programa de tv, estabelecendo articulações entre som e imagem, movimento e iluminação, gestualidade e utilização do espaço cênico.
O livro traz, ainda, importantes considerações a respeito de conteúdos associados ideologicamente aos valores conservadores e à mitologia capitalista do sucesso, da conquista e do poder dos mais fortes, tão atrelada à imagem do apresentador, de um homem que enriqueceu com “trabalho duro”.
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