A reunião do Conselho Universitário, no dia 24, quarta-feira, teve como tema a segurança dentro da UFF. A pedido do vice-reitor Antonio Peçanha, o superintendente de Administração, Mário Ronconi, fez um estudo sobre a segurança, apresentado anteontem para professores e diretores de unidades.
Durante a investigação foram identificadas falhas como prédios acesos, janelas e salas abertas, veículos que passaram a noite nos campi, dentre outras. Para diminuir o número de roubos, algumas medidas serão aplicadas imediatamente com a poda das árvores e a recuperação de cancelas, guaritas, muros e iluminação externa.
Segundo o superintendente, para que exista segurança é preciso que os usuários se conscientizem de que também são responsáveis – foram encontrados carros abertos e com alarme desligado, e veículos circulam com velocidade acima de 80 quilômetros por hora dentro dos campi. Ronconi citou exemplos de pessoas aprendendo a dirigir e de carros com ocupantes após as 23h no Gragoatá. A falta de educação e colaboração com os vigias é outro problema sério. Alguns vigias já estão trabalhando à paisana para facilitar o trabalho.
Para minimizar os transtornos, realizou-se uma reunião com as empresas contratadas quando foram decididos uniformes e equipamentos para a vigilância e definido um plano de ação. Em alguns pontos da UFF já está em funcionamento um sistema de segurança que indica a posição do vigia a cada 15 minutos durante a ronda noturna. Trata-se de uma espécie de ponto eletrônico, que o vigilante aciona nesses intervalos, mostrando o local onde ele está e o horário. No futuro cada unidade terá pelo menos um ponto deste sistema.
Da investigação surgiram as seguintes sugestões:
1 – Revista dos carros dos usuários dos campi e unidades isoladas.
2 – Revista de bolsas e só liberar a saída de equipamentos com autorização dos diretores de unidades.
3 – Recadastramento de veículos de funcionários dos campi, professores e alunos.
4 – Limitar o horário para a saída de carros até as 23h.
5 – Fechamento do portão lateral do Campus do Valonginho às 22h (portão de acesso ao shopping).
6 – Fechamento do portão do Diretório Central dos Estudantes (DCE) que dá acesso ao Campus do Valonguinho após as 22h.
7 – Estudar o uso de crachá.
8 – Estudar a implantação de sistema de monitoramento eletrônico nos campi e unidades isoladas.
9 – Criação de comissão específica para apurar as ocorrências.
Outro ponto abordado por Ronconi foi a realização de festas dos alunos nos campi da universidade. O superintendente afirmou que a UFF não tem estrutura para lidar, sozinha, com o ônus desses eventos, como segurança e limpeza. Ressaltou, ainda, que não é contra as festas em si, e que o problema está na falta de responsabilidade de seus organizadores. “As festas são bem-vindas, mas atitudes que visem à segurança devem ser tomadas.”
Algumas destas atitudes foram sugeridas, na forma de normas condicionais para a realização dos eventos:
1 – Todo requerimento para realização de qualquer evento nas dependências da universidade deve ser solicitado à Superintendência de Administração (SDA) com antecedência de, no mínimo, dez dias. A solicitação será encaminhada para as direções de unidades e centros, que concederão ou não a autorização.
2 – Os organizadores estarão obrigados a instalar banheiros químicos nos locais das festas. Isso significaria maior segurança, já que os prédios poderiam ser, então, fechados durante os eventos.
3 – Qualquer dano ao patrimônio público será de responsabilidade dos organizadores do evento.
4 – A Caep deve autorizar e acompanhar qualquer instalação de equipamentos e máquinas.
5 – A utilização de mão-de-obra da UFF fora do horário de serviço (fins de semana, feriados, etc.) deverá ser remunerada pela organização do evento.
6 – Todo material de consumo necessário, como de limpeza e higiene pessoal, deverá ser providenciado pela organização do evento.
7 – Durante os eventos, não será permitida a entrada de veículos nos estacionamentos dos campi após as 22h.
8 – Após o evento, o local deve ser entregue limpo e desimpedido.
9 – O não-cumprimento das normas impede a realização de futuros eventos pelos organizadores em questão.
Todas as sugestões discutidas na reunião foram encaminhadas à Câmara de Legislação e Normas do Conselho Universitário, que fará um estudo para a sua implementação.