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Maculan: “Não haverá avanço na Reforma Universitária se não houver recursos”

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Reportagem: Pamela Archontakis

Tema de acaloradas discussões no meio acadêmico, a Reforma Universitária foi o foco do UFF Debate Brasil da última quarta-feira, 19 de maio, no Teatro da UFF. Estudantes, funcionários técnico-administrativos, professores e representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Estadual dos Estudantes (UEE) e de outras entidades compareceram ao evento, que contou com o secretário de Ensino Superior, Nelson Maculan, o reitor da UFF, Cícero Mauro Fialho Rodrigues, o diretor da Faculdade de Educação, Waldeck Carneiro, as professoras Marina Barbosa Pinto (Escola de Serviço Social) e Maria de Fátima de Paula (Faculdade de Educação), Josué Medeiros de Freitas, representando o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFF e Thiago Alves, representante da UNE.

Nelson Maculan destacou a necessidade imediata de recursos para a implementação da Reforma. “As universidades públicas, sobretudo as federais, já estão chegando ao seu limite. Não se pode fazer mais coisas sem recursos e de nada adianta fazer modificações só no papel. A nossa idéia não é atrapalhar e sim ajudar as universidades. Isso é uma obrigação do Estado brasileiro, que é responsável por elas”. O secretário disse ainda que espera conseguir do governo uma verba de R$ 85 milhões, com o que será possível, de acordo com ele, quitar todas as dívidas das universidades federais durante o período de 1996 a 2003.

Durante o debate, Maculan defendeu a universidade pública e gratuita e falou sobre a questão da autonomia. “Nós, do MEC, defendemos uma autonomia universitária com recursos globalizados, um orçamento global. Eu defendo a expansão do ensino público neste país”.

Financiamento das Ifes

O vice-presidente da Andifes e reitor da UFF, Cícero Mauro Fialho Rodrigues, disse que a Reforma Universitária não traz riscos para as universidades federais, e sim uma oportunidade para se discutir o financiamento das instituições federais de ensino superior (Ifes). “A Reforma Universitária, como está sendo chamada, e nas palavras do próprio secretário de Educação Superior, não se faz sem recursos, sem dinheiro. Então, a Reforma visa a melhorar inclusive a questão do financiamento, que é um dos temas mais importantes desta discussão, ou seja, que o governo assuma, efetivamente, o financiamento das universidades. Isso não impede que elas consigam ter sua arrecadação. Mas dentro de um projeto acadêmico, e não para suprir deficiências do governo no repasse para a universidades”, destacou.

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