Redação ISC
O Instituto de Saúde Coletiva da UFF (ISC) participou junto a outras 18 universidades e instituições de ensino e pesquisa de todas as regiões do país da elaboração do curso de Mestrado Profissional em Saúde da Família em Rede Nacional (ProfSaúde). A proposta foi aprovada e publicada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em 29 de outubro de 2015, e contou com o apoio oficial dos Ministérios da Educação e Saúde.
O objetivo do ProfSaúde é formar profissionais na saúde da família e na atenção básica no Brasil, em sintonia com os objetivos do Programa Mais Médicos. O programa será fundamental para que a formação de médicos, enfermeiros entre outros profissionais de saúde, seja conduzida por docentes qualificados e titulados na área, o que naturalmente intensificará as atividades de ensino, pesquisa e extensão em Saúde da Família, tanto na academia, quanto nos serviços de saúde.
O novo curso de mestrado propõe-se também a integrar o serviço de saúde, os trabalhadores e os usuários e consolidar a Estratégia de Saúde da Família como política pública efetiva. A iniciativa é da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC), Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) e Fiocruz.
Para o ProfSaúde, o ISC estará associado às áreas de Saúde Coletiva das Universidades UFRJ, UERJ e ENSP, tornando o curso viável no Estado do Rio. O ISC tem expertise em trabalhar associada a outras universidades de ensino superior como já ocorre com o doutorado em “Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva” (mais informações aqui). Uma ampla associação entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fundação Oswaldo Cruz, Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Universidade Federal Fluminense tem por objetivo geral o desenvolvimento acadêmico da área de Bioética e ética em pesquisa.
O processo que levou à aprovação do Mestrado Profissional em Saúde da Família, ProfSaúde, contou com um intenso diálogo com avaliadores da área de saúde. Muitas foram as respostas para variadas diligências, com o objetivo de compatibilizar a necessidade, em âmbito nacional, de formação de profissionais qualificados nesse segmento em larga escala, sem deixar de fora os rigorosos critérios da Capes.
Foram realizadas inúmeras visitas aos departamentos das universidades qualificadas que oferecem ‘centrais’ para a oferta do curso. Tais reuniões tiveram como principal questão o credenciamento das instituições certificadoras que atendem a critérios básicos como os listados a seguir:
1. Pelo menos cinco docentes qualificados e permanentes em cada uma das instituições avaliadas;
2. Pelo menos 50% do número de docentes qualificados apresentados devem ter atuação profissional ou qualificação superior no segmento de saúde coletiva, o que deve ser comprovado por meio de publicações ou titulações em pós-graduação na área;
3. Pelo menos 40% deles também devem cumprir com alguns critérios de produção científica na área de saúde coletiva, o que, no caso, possibilita a criação de novos cursos na área.
Com base em tais critérios, as instituições que conseguiram certificação foram: FIOCRUZ, ESCS, UEA, UFPB, UFPEL, UFPI, UERJ, UFPR, UFCSPA UFU, UFESBA, UNESP, UFF, UNIFESP, UFJF, UNIMONTES, UFMA, UNIR e USP.
Informações sobre o processo seletivo serão divulgadas no edital do ProfSaúde, que tem previsão para ser lançado no 1º semestre deste ano.