Entre os dias 20 e 21 de maio, a gestão da UFF recebeu representantes de três segmentos da universidade – docentes, estudantes e técnicos administrativos – para tratar de questões orçamentárias, além de demandas da assistência estudantil.
O déficit financeiro das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) do país é uma das pautas em debate pelas categorias em greve, assim como a reestruturação das carreiras e o pleito pelo aumento salarial. Com os sucessivos bloqueios e cortes orçamentários que vêm ocorrendo sobretudo a partir de 2019, a Administração Central da UFF tem agido de modo transparente, em diálogo com a comunidade acadêmica para esclarecer a situação e as medidas possíveis de minimização do impacto desse déficit, que tem limitado os investimentos para a consolidação da expansão e para a ampliação da infraestrutura. O gabinete tem feito ainda articulação junto à Andifes (Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), a Ministérios, à Câmara dos Deputados e às gestões municipais para a recomposição do orçamento da universidade e para a liberação de recursos através de emendas parlamentares visando à garantia da manutenção de atividades tão essenciais para a comunidade interna e especialmente para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
Seguindo nesta direção, a gestão da UFF se reuniu ontem (20) com representantes das categorias de estudantes, docentes e técnicos para apresentar os dados orçamentários da UFF e debater sobre os impactos do déficit orçamentário. Na ocasião, o reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, apresentou algumas medidas que vêm sendo tomadas para a manutenção das atividades acadêmicas, científicas e administrativas. Dentre as medidas estão a adoção de priorização da disponibilidade de transporte para as aulas práticas e trabalhos de campo; assim como ações para contenção de despesas nos contratos de terceirizados (por exemplo, a adoção de férias coletivas no período de férias e recesso letivos); além de redução de consumo e nos pagamentos a empresas concessionárias, principalmente junto a Enel.
A gestão da UFF tem adotado uma postura de transparência nas informações relacionadas ao orçamento da instituição, com a divulgação de notas explicativas, a realização de eventos que envolvem a participação da comunidade acadêmica e apresentações nos conselhos. Neste sentido, e atendendo à demanda dos três segmentos por uma maior ampliação dos dados, a Reitoria realizará uma nova audiência pública, na primeira quinzena de junho, sobre a situação financeira da universidade a fim de ampliar ainda mais a compreensão e divulgação sobre o tema. A data da audiência será divulgada em breve nos principais canais de comunicação da instituição, com o compromisso de que as demais entidades presentes na reunião também façam a devida comunicação junto à comunidade acadêmica.
Segunda rodada de conversas delibera sobre criação de GTs para discutir Política de Alimentação e de Transporte para estudantes da UFF
Na manhã desta terça-feira, dia 21 de maio, a Gestão da UFF voltou a se reunir com representantes do corpo discente da universidade para tratar das demandas de assistência estudantil.
Respeitando todas as pessoas inscritas, a comunidade estudantil presente foi ouvida, e um dos resultados do encontro foi a formação de dois GTs, com representação de discentes de todos os campi, para discutir e propor políticas de alimentação e de transporte para os estudantes da universidade. A gestão atendeu à solicitação de audiências nos demais campi da UFF para a participação mais ampla dos demais estudantes nos debates sobre orçamento, assistência e permanência estudantil.
A suspensão do calendário acadêmico foi uma questão levantada pelos representantes das categorias que participaram do encontro. Sobre isso, é preciso esclarecer que o assunto já está sendo debatido no âmbito do CEPEx, fórum adequado para tratar da questão. Em contraponto, a gestão reafirma o conjunto de medidas encaminhadas ao Cepex para amenizar o impacto da greve para os estudantes, tais não contabilização do período para fins de integralização, flexibilização dos critérios exigidos nos programas de assistência estudantil, ajuste de datas e prazos, além da alteração no calendário acadêmico para permitir a reposição das aulas não ministradas.
A Administração Central da UFF reforça novamente o seu respeito aos movimentos grevistas, em especial à luta por melhor salários e também pela garantia de condições financeiras necessárias ao pleno funcionamento da universidade, algo sempre priorizado como pauta pela atual gestão tanto junto aos ministérios, como em reuniões com outros reitores e por meio da Andifes.
Continuamos, assim, com o nosso propósito de estabelecer um diálogo cada vez mais efetivo e propositivo com os segmentos da universidade em defesa da educação pública de qualidade e inclusiva.