O posto avançado de registro civil do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) completou quatro anos com dois bons motivos para comemorar: registrou nesse período mais de 1,5 mil bebês, e as mães, que têm seus filhos na Maternidade do hospital, recebem gratuitamente a certidão de nascimento, o que representa um avanço para as famílias.
A instalação de um cartório de registro civil na Maternidade do Huap possibilitou diminuir o sub-registro civil, que no Estado do Rio de Janeiro chega a 5%. Muitas crianças acabam ficando sem o registro ou passando um longo período da vida sem o ter, levando um grande número de pessoas a não ter seus direitos civis garantidos por lei, dentre os quais, o direito à cidadania.
Para o diretor-geral do Huap, Tarcísio Rivello, a falta de registro de recém-nascidos prejudica a vida do futuro cidadão, que fica muitas vezes alijado de seus direitos constitucionais, de criança à vida adulta. Durante os preparativos de instalação do posto, lembrou-se de uma mãe, cujo filho de cinco anos ainda não havia sido registrado. Para o médico, “isso mostra que o posto instalado aqui no Huap é um resgate da cidadania”.
De acordo com a titular do cartório, Ana Paula Caldeira, a instalação do posto no interior do hospital representa um grande auxílio para as pessoas de baixa renda. “O Huap é um dos pioneiros desse projeto no estado, o que propicia à população dar o primeiro passo no exercício pleno de sua cidadania”.
A iniciativa da implantação do cartório foi da presidente da Associação dos Colaboradores do Hospital Universitário Antonio Pedro (Achuap), Rita Rivello.
No ano de 2011, o primeiro bebê registrado foi uma menina chamada Ana Clara, hoje com quatro anos de idade. A mãe da criança, Sílvia Crespo, ressaltou a importância de a filha já ter sido registrada no hospital.
A emissão da certidão de nascimento é gratuita. O horário de funcionamento do cartório no Huap é das 9h às 12h, de segunda a sexta-feira.