A gestão da Universidade Federal Fluminense, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (Sintuff) e o Comando Local de Greve (CLG) se reuniram novamente na manhã desta quinta-feira, dia 21 de março, para deliberar sobre os serviços essenciais durante a greve dos técnicos administrativos, entre eles o Restaurante Universitário (RU). Este já é o terceiro encontro para diálogo entre os representantes da gestão e do corpo técnico desde o início do movimento, no dia 11 de março.
Dada a importância do RU para garantir a permanência dos estudantes em condições de vulnerabilidade socioeconômica na universidade, é indiscutível, do ponto de vista institucional, a essencialidade do serviço, algo que vem sendo tratado com o CLG e o Sintuff desde a semana passada nas rodadas de negociação.
Frente ao posicionamento da categoria, que em última assembleia votou pela paralisação do RU, reconhecendo como um serviço prioritário mas não essencial, a Administração Central buscou, mais uma vez, conciliar as demandas do corpo técnico e estudantil. Nesse sentido, reiterou a proposta para o funcionamento do restaurante, pelo menos em período parcial, mediante uma escala da equipe responsável pela supervisão e gerenciamento da preparação dos alimentos. Tal medida proposta pela Administração Central busca garantir o fornecimento da alimentação e o exercício do direito de greve. No entanto, essa proposta não foi aceita pela assembleia, pelos representantes do Sintuff e pelo comando de greve. Diante desse impasse, foi proposta e aprovada uma nova reunião com a equipe do RU, a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes) e integrantes do comando de greve, em caráter de urgência, tendo em vista a necessidade de deliberação sobre o tema e os danos causados aos estudantes em vulnerabilidade com a suspensão total das refeições no RU.
Além desta pauta, outros pontos foram discutidos na ocasião, sobretudo os que dizem respeito ao previsto na Lei 7783/89 – Lei de Greve, que engloba não apenas o serviço de alimentação, como também de assistência médica e hospitalar; cuja preservação e manutenção é defendida pela Gestão Universitária, seja por meio de escala ou rodízio das equipes.
O Comando Local de Greve trouxe o entendimento de que os editais de apoios estudantis de fluxo contínuo destinados à assistência estudantil de pessoas em vulnerabilidade não poderiam ser atendidos pela equipe mantendo o direito de greve, ao contrário do que fora acordado na última reunião, conforme notas divulgadas tanto pela Administração Central quanto pelo próprio comando. Uma nova tentativa de conciliar sobre o caráter essencial e dano irreparável da suspensão desses apoios será agendada o mais breve possível com os setores responsáveis, PROAES e Comando de Greve.
Importante esclarecer que a Administração Central da UFF reitera a sua compreensão sobre o movimento grevista e o pleno direito de adesão individual do servidor técnico-administrativo. No entanto, reafirma a necessidade de manutenção dos serviços essenciais, assegurados por lei, e a construção coletiva dos pactos para os serviços prioritários
Reafirmamos, assim, o nosso compromisso em manter um canal de diálogo frequente com o CLG e o Sintuff para tratar dos assuntos relacionados à greve, bem como o de informar à comunidade acadêmica, com clareza e transparência, todas as medidas adotadas a partir das reuniões de negociação.
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