O Confucius Classroom da Universidade Federal Fluminense (CC-UFF), um programa de línguas e cultura chinesa desenvolvido a partir da parceria com a Universidade Normal de Hebei, recentemente ganhou pelo segundo ano consecutivo o prêmio de melhor centro aplicador do exame de proficiência em Mandarim HSK do Brasil. Os testes HSK e HSKK são exames oficiais projetados para avaliar a competência em chinês de falantes não nativos, desde iniciantes (nível 1) até avançados (nível 9). Entre 1330 centros de testes HSK do mundo, apenas 48 foram ranqueados como os melhores; oito foram os que se destacaram nas Américas, dois na América Latina e o CC-UFF foi o único do Brasil nos últimos dois anos.
“O teste HSK corresponde ao Celp-Bras, avaliação de português para nativos de língua estrangeira, ou ao famoso TOELF, prova de proficiência em inglês. Os resultados podem ser usados para a candidatura a bolsas de estudos e vagas de emprego na China”, explica Lívia Reis, e diretora brasileira do CC-UFF e Superintendente de Relações Internacionais. “Os testes incluem habilidades de escrita, audição e leitura e são reconhecidos internacionalmente para demonstrar habilidade na língua chinesa”, acrescenta Ana Qiao, diretora chinesa do CC-UFF e docente da Universidade de Normal de Hebei
As pesquisadoras ressaltam que esse prêmio é um reconhecimento importante do trabalho desenvolvido no CC-UFF. “Sermos eleitos o melhor centro aplicador de um exame dessa estatura, obrigatório para grande parte das bolsas de estudos oferecidas para estudantes internacionais na China, comprova que o CC-UFF está desempenhando plenamente seu papel como centro de excelência irradiador da língua e da cultura chinesa no Brasil”.
Confucius Classroom: um centro de ensino e difusão da língua e da cultura chinesa
Desde o começo dos anos 2000, Brasil e China desenvolvem uma cooperação bilateral que viabiliza o atual sucesso do comércio internacional feito entre os países. Ambos membros do BRICS, um agrupamento econômico de nações consideradas emergentes, as duas nações unem esforços para debater os interesses de cada parte, e respondem aos desafios globais compartilhando soluções de forma colaborativa. Nesse contexto, o intercâmbio cultural e linguístico se alia a essa parceria, a fim de fortalecer as relações para além das fronteiras comerciais.
Além do ensino da língua chinesa, o Confucius Classroom da UFF busca aproximar Brasil e China através da disseminação de sua cultura “No CC-UFF promovemos cursos e eventos enfocando diversos aspectos do país, desde sua cultura milenar, filosofia e seus desafios contemporâneos. Nesse contexto, é importante para a universidade ensinar a língua e a cultura chinesa a fim de incluí-la no leque multicultural e multilinguístico característico da universidade”, afirma a professora Lívia Reis.
Ana Qiao ressalta a importância dos intercâmbios entre China e América Latina, o que favorece também o movimento de internacionalização entre as universidades promotoras do Confucius Classrooms. “Especialmente entre China e Brasil, estes dois gigantes do BRICS, há cada vez mais investimento mútuo. Entretanto, a língua é uma barreira e, no século da globalização, é necessário também promover o reconhecimento cultural entre ambas as nações. Com isso, o CC-UFF desempenha um papel de grande significado, com um trabalho dedicado aos estudantes de língua e cultura chinesa, não apenas brasileiros mas também de outros países da América Latina que procuram nossos cursos”, finaliza a professora.