O sistema federal de ensino superior cresceu enormemente nos últimos sete anos. A UFF, em particular, duplicou seu número de vagas e cursos em Niterói e em diferentes Campi de Expansão no Estado do Rio de Janeiro, tornando-se uma Universidade mais inclusiva e fortalecida academicamente.
No entanto, já no fim de 2014 e no início de 2015, todo sistema federal de ensino tem sido marcado por fortes restrições orçamentárias e por limitações em repasses financeiros para a execução de serviços e obras. Mais recentemente, também foram anunciados cortes drásticos na verba de custeio dos programas de pós-graduação.
Mesmo com todas essas dificuldades, a UFF iniciou suas aulas na data prevista em calendário e vem cumprido sua responsabilidade institucional e social com a formação qualificada de estudantes, pesquisa de alto nível e extensão universitária de excelência.
Recentemente o CEP decidiu manter o calendário escolar do primeiro semestre de 2015 e todos os Campi estão abertos à comunidade. As empresas prestadoras de serviço vêm sendo pagas com imenso esforço institucional e os recursos para as obras em andamento estão sendo motivo de negociação direta com o MEC.
A UFF segue em frente com firmeza, assumindo de forma responsável seu crescimento mesmo neste período adverso, com foco na consolidação sustentável da maior expansão de uma universidade federal no Brasil. Nossa missão é, justamente, a de mostrar a importância da universidade aberta para a sociedade, produzindo conhecimento e diplomando profissionais éticos e competentes.
A administração central da UFF atua hoje junto ao MEC e na Andifes, visando a garantia plena do seu orçamento e dos recursos para todo o sistema de educação. O ajuste fiscal e a diminuição na arrecadação do governo federal não podem comprometer os avanços alcançados em pesquisa, ensino e extensão no país.
Hoje não podemos deixar de analisar a realidade que se impõe à conclusão do período letivo. Chegamos ao fim do primeiro semestre com um índice muito baixo de notas lançadas no sistema Iduff, o que compromete, do ponto de vista prático, o início do período letivo do segundo semestre de 2015. Alguns Campi fora de sede estão com suas atividades paralisadas e diversas Unidades Acadêmicas, de forma colegiada, decidiram interromper as aulas de graduação ou não lançar no sistema as notas das disciplinas concluídas no primeiro semestre.
É evidente a diversidade de situações de estudantes e professores dos diferentes cursos em relação à greve.
Em todos os sentidos, os fatos indicam a necessidade de propor a prorrogação do calendário referente ao primeiro semestre, e o consequente adiamento do início do segundo semestre de 2015, de forma a não prejudicar nenhum coletivo da comunidade universitária.
Deste modo, a Reitoria encaminhará uma proposta ao CEP com os seguintes itens:
– Manter aberto o sistema acadêmico para o lançamento das notas de 1/2015 e dos quadros de horários das disciplinas de 2/2015 e, consequentemente, adiar o início do semestre letivo 2/2015 até o fim da greve;
– Garantir a colação de grau dos formandos de 1/2015;
– Garantir as novas matrículas dos candidatos já convocados e dos que ainda serão selecionados e que se encontram em lista de espera no processo SISU 2/2015;
– Garantir a abertura de um período, após o fim da greve, para trancamento de matrícula e cancelamento de disciplinas;
– Constituir uma comissão para elaborar proposta de reposição de aulas após o término da greve.
Sidney Luiz de Matos Mello
Reitor
Antonio Claudio Lucas da Nóbrega
Vice-Reitor