Revista especializada na produção de conteúdo para estudantes que vivem o momento da transição do Ensino Médio para o Ensino Superior, o Guia do Estudante (GE), da Editora Abril, já divulgou o ranking dos cursos de graduação das melhores instituições públicas e particulares do país no ano de 2016. As análises estarão presentes em sua edição Profissões Vestibular 2017, que chegará às bancas no dia 14 de outubro.
A Universidade Federal Fluminense teve 65 cursos avaliados e cinco obtiveram a nota máxima de cinco estrelas. Os avaliados como excelentes são: Ecologia, Estudos de Mídia, História, Matemática e Turismo. Já 27 cursos ficaram com a qualificação “muito bom”, recebendo quatro estrelas. Outros 33 obtiveram o conceito “bom”, três estrelas. A avaliação, realizada há mais de duas décadas, é referência para alunos do ensino médio escolherem sua universidade.
O curso de Estudos de Mídia foi um dos cinco que receberam nota máxima. Para o coordenador Viktor Chagas, o sucesso se deve à adaptação e preparo do corpo docente em relação às novas demandas do mercado. “O curso tem se destacado por diferentes fatores, sobretudo por causa da formação teórica e aplicada fornecida pelo quadro de professores qualificado, composto inteiramente por doutores”, segundo ele, a aposta na inovação, desde a prática profissional até a pesquisa de ponta, é fundamental para o êxito do curso na premiação.
A variedade de especializações oferecidas pela formação em Estudos de Mídia também é um diferencial. O curso dispõe de uma pequena carga de disciplinas obrigatórias e uma ampla oferta de optativas. De acordo com Chagas, o aluno pode decidir qual será sua especialização desde os primeiros períodos da faculdade. “O aluno pode atuar como especialista em games, analista de mídias sociais, produtor audiovisual, executivo da indústria fonográfica, pode trabalhar também com projetos culturais do terceiro setor ou se dedicar à pesquisa acadêmica. Estudos de Mídia oferece toda essa liberdade ao aluno”, explicou.
Tentamos dar todo o suporte necessário para que eles possam finalizar o curso com sucesso.” – Miriam Abdon, coordenadora do curso de Matemática
A coordenadora do curso de Turismo da UFF, Verônica Feder Mayer, declarou estar muito satisfeita com as cinco estrelas. É o segundo ano consecutivo que recebem a nota máxima. Para ela, o curso consegue ser muito variado nas possibilidades de formação do estudante. “Há muitas oportunidades de desenvolvimento para nossos alunos, oferecidas em diferentes áreas relacionadas, como: economia do turismo, planejamento público, gestão de destinos, turismo social, planejamento de eventos, cultura e patrimônio, transportes, hospitalidade, comportamento do turista, entre outros”, ressaltou.
O destaque do Turismo, de acordo com Verônica, é a formação humanística que os alunos recebem, aliada ao desenvolvimento de habilidades gerenciais, raciocínio lógico, crítico e analítico. A professora acredita que há grandes expectativas para o futuro do mercado turístico no Rio de Janeiro. “Esperamos que o curso continue crescendo e trazendo bons resultados para a universidade, formando turismólogos comprometidos com o desenvolvimento sustentável do setor”, concluiu.
Publicado no guia com o nome de Ecologia, Ciências Ambientais da UFF também recebeu o “excelente” da edição. “Temos um curso transdisciplinar. Ecologia é uma das bases da faculdade de Ciência Ambiental no desenvolvimento e preparo profissional dos alunos”, disse o coordenador Kenny Tanizaki Fonseca. Ele também explicou que os professores buscam estimular uma discussão filosófica sobre o modelo de desenvolvimento atual. “Capacitamos nossos estudantes com os instrumentos de geoprocessamento, análises físico-químicas, entre outros”, acrescentou o professor.
Kenny também atribuiu o sucesso do curso à emergência das questões ambientais e revelou o que espera para o futuro. “Pretendemos criar uma pós-graduação. Da mesma forma, estamos estudando a possibilidade de uma licenciatura”, além disso, o coordenador busca uma maior integração das disciplinas e pesquisas, com o objetivo de avançar em uma pedagogia transdisciplinar.
A flexibilidade do currículo também é um atrativo.” – Alexandre Vieira Ribeiro, coordenador do curso de História
A coordenadora da Matemática, Miriam Abdon, também comentou suas expectativas para o futuro. “Acho que devemos flexibilizar a grade curricular do bacharelado em Matemática Pura, sobretudo dos últimos semestres”. De acordo com Miriam, enfatizar essa questão proporciona ao aluno completar sua grade com disciplinas de outros cursos, desde que o plano seja aprovado pelo colegiado. “Incentivamos os estudantes a participarem de projetos, iniciação científica, etc. Tentamos dar todo o suporte necessário para que eles possam finalizar o curso com sucesso”, concluiu.
A diversidade temática e metodológica dos professores e a sinergia entre as áreas do curso são consideradas os fatores principais para o sucesso da faculdade de História no ranking do GE, de acordo com o coordenador Alexandre Vieira Ribeiro, que também destacou a grande demanda por profissionais da área no Ensino Fundamental, Médio e Superior. “Recentemente aumentou muito a procura por pesquisadores tanto em instituições públicas como privadas, e também historiadores ligados à preservação da memória (museus, acervos, patrimônios materiais e imateriais, entre outros)”, acrescentou.
Para Alexandre, o curso se destaca pela qualidade e formação do corpo docente (fator importante apontado por todos os coordenadores), tanto em termos de titulação, projeção nacional e internacional dos professores e ainda pela diversidade de temáticas estudadas. Segundo ele, “a flexibilidade do currículo também é um atrativo, pois permite ao estudante ter um panorama amplo da produção historiográfica”.
Classificação dos outros cursos da UFF
A publicação avaliou como “muito bom” os seguintes cursos de Niterói: Biblioteconomia, Biomedicina, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Enfermagem, Engenharia de Petróleo, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Química, Física, Geografia, Jornalismo, Letras, Psicologia, Química, Relações Internacionais e Sistemas de Informação. E como “bom” os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Arquivologia, Ciências Atuariais, Ciências Econômicas, Direito, Engenharia Agrícola, Engenharia Civil, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia Mecânica, Estatística, Farmácia, Filosofia, Geofísica, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Pedagogia, Produção Cultural, Publicidade e Propaganda e Serviço Social.
Os cursos da UFF localizados em outros municípios e submetidos ao processo também conquistaram boas posições no ranking. Dentre eles, nove foram avaliados como “muito bom”: Pedagogia, de Angra dos Reis; Ciências Econômicas e Geografia, de Campos dos Goytacazes; Ciência da Computação e Engenharia de Produção, Produção Cultural e Serviço Social, de Rio das Ostras; Administração, Agronegócios e Agropecuária, Ciências Contábeis, e Engenharia Metalúrgica, de Volta Redonda. Já os que receberam o conceito “bom” foram: Ciências Sociais e Psicologia, de Campos dos Goytacazes; Direito, de Macaé; Fonoaudiologia e Odontologia, de Nova Friburgo; Produção Cultural, Psicologia e Serviço Social, de Rio das Ostras; Matemática, de Santo Antônio de Pádua; Administração Pública, Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica e Matemática, de Volta Redonda.
A Avaliação
O curso de nível superior precisa atender a quatro critérios para participar da avaliação: ser um curso de bacharelado ou bacharelado e licenciatura (simultaneamente), com exceção de Pedagogia e Educação Física, considerados licenciaturas; possuir turma formada há pelo menos um ano; ser presencial; ter turmas em andamento e ser oferecido no próximo processo seletivo. A cada curso é atribuído um dos seguintes conceitos: excelente (cinco estrelas), muito bom (quatro estrelas), bom (três estrelas), regular e ruim, além de “prefiro não opinar”.
Geralmente, cada consultor avalia 35 cursos diferentes, baseando-se no questionário respondido pelo coordenador de cada graduação, além do conhecimento prévio que o avaliador possui sobre a universidade que vai analisar. Mesmo com o não preenchimento do questionário, o curso passa por avaliação. O Guia do Estudante dá o selo de avaliação do ano corrente (2016) para o processo seletivo do ano seguinte (2017).