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UFF inaugura espaço voltado para a qualidade de vida do estudante

A atenção constante ao bem-estar de sua comunidade estudantil levou a UFF, através da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), a criar o Centro de Suporte Acadêmico (CSA). Todas as ações voltadas para a qualidade de vida dos graduandos desenvolvidas na universidade serão concentradas num único espaço físico, instalado no campus do Gragoatá, já no próximo semestre. O objetivo da nova estrutura é oferecer suporte aos alunos de graduação, especialmente, nas questões relacionadas à qualidade de vida, saúde mental e gerenciamento acadêmico.

“Nossos estudantes são pessoas com expectativas, angústias e alegrias. Entendemos que é parte da missão da universidade participar do processo de formação integral desses indivíduos, colaborando para que superem as dificuldades e ganhem confiança na construção de sua própria caminhada ao longo da graduação”, destaca o vice-reitor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega.

A proposta do CSA, cujas atividades terão início em março de 2018, vai ao encontro dos resultados de pesquisas recentes, nacionais e internacionais, que apontam para questões importantes que afetam negativamente a saúde e o desempenho do estudante universitário. Dentre esses, segundo o pró-reitor de graduação, José Rodrigues, os que mais se destacam são: poucas horas de sono, dificuldades de concentração e assimilação de conteúdos, níveis variados de estresse, prejuízo nos aspectos nutricionais, além do aparecimento de sintomas da ansiedade e depressão. “Nesse sentido, as ações desenvolvidas pelo centro contribuirão para a permanência do aluno de graduação na universidade”, enfatiza.

Segundo a assessora de planejamento da Prograd, Cinthia Paes, o CSA, entre outras atribuições, buscará desenvolver políticas institucionais voltadas também para o suporte acadêmico, tendo como ponto de partida a promoção do trabalho conjunto da comunidade universitária, envolvendo servidores, alunos, professores e gestores.

Na prática, o centro vai implementar o “Programa de Assessoria e Matriciamento” – metodologia capaz de realizar ações de assessoramento e atenção à saúde de forma compartilhada, integral e resolutiva, por meio do trabalho interdisciplinar, para a comunidade acadêmica, em especial docentes, técnicos e gestores. “Tudo é pensado a partir do acolhimento das demandas trazidas pelos próprios estudantes”, explica Cinthia.

O CSA conta também com um ambiente virtual, que tem por objetivo contribuir para a reflexão e o enfrentamento dos problemas vividos pelos alunos, dando maior visibilidade à temática dentro da universidade. “A estrutura virtual da unidade, por sua vez, permitirá que grupos de alunos, professores ou servidores construam suas próprias comunidades, contribuindo para a troca de experiências, adversidades e saberes”, explica a assessora.

Nossos estudantes são pessoas com expectativas, angústias e alegrias. Entendemos que é parte da missão da universidade participar do processo de formação integral desses indivíduos”, Antonio Claudio da Nóbrega.

Cinthia Paes destaca também que a estruturação do CSA ocorrerá em parceria com a comunidade acadêmica. Nesse sentido, o centro contribuirá para o mapeamento das experiências exitosas e para a estruturação de uma ampla rede de suporte e acolhimento, não só na universidade, mas também fora dela, identificando outras instituições que se tornarão parceiras da UFF no mesmo tipo de atendimento, como por exemplo: os setores que lidam diretamente com estudantes dos diferentes cursos oferecidos por outras universidades brasileiras.

Como exemplos de ações exitosas priorizadas pelo CSA, Cinthia Paes destacou o acolhimento dos problemas causadores de sofrimento psíquico e demais questões relacionadas à saúde mental, assim como a construção de um protocolo para identificação do sofrimento psicológico. “Há o gerenciamento do tempo de estudo e trabalho do estudante, planejamento de atividades e ações acadêmicas, tutoria para as práticas de cursos, ações voltadas para atividade física, nutrição, cultura e lazer para a promoção da qualidade de vida, bem como a construção de redes de suporte e vínculo. Por fim, destacamos as ações que possam desenvolver a resiliência – capacidade de enfrentar adversidades, resistir à pressão, superar obstáculos e adaptar-se às mudanças – tanto individual quanto institucional”, destaca.

Atualmente, o CSA mantém contato com diferentes setores da UFF – administrativos e da área da saúde -, bem como com diversos institutos e cursos de graduação. Os serviços oferecidos pelo centro acontecem também em outras universidades brasileiras, como a UERJ, UFRN e a Faculdade de Medicina da USP.

“Nossa proposta, reafirmo, é de construir redes virtuais e presenciais que contribuam para potencializar os resultados das ações que já vêm sendo desenvolvidas nessa área e construir coletivamente uma metodologia que permita o enfrentamento do que ainda é considerado tabu ou lacuna em nossa universidade”, ressaltou José Rodrigues.

Na entrevista a seguir, Cinthia Paes traz outras informações sobre o CSA:

Onde funcionará o CSA e como será montado?

Inicialmente, ele terá sua estrutura física central no Campus do Gragoatá. Acreditamos que, com o estabelecimento das diretrizes, teremos todas as unidades como estruturas efetivas dessa rede. E, além disso, contaremos com uma estrutura virtual para atender alguns casos menos emergenciais. O aluno poderá acessar nossa página e consultar os setores parceiros, além de poder acessar conteúdos diversos voltados à qualidade de vida, gerenciamento acadêmico e saúde mental.

Quais serão os dias e horários de atendimento?

Ainda estamos trabalhando na construção das diretrizes institucionais e na construção das unidades que farão parte da rede de suporte e ações. No início de 2018, divulgaremos o local, dias e horários de funcionamento.

O CSA é fruto de algum projeto ou estudo?

A unidade faz parte do Projeto 38 (criação de um centro de suporte acadêmico para apoio aos estudantes de graduação da UFF), que está inserido no Projeto de Desenvolvimento Institucional.

Os recursos para investimento no projeto, que resultou no CSA, são oriundos de alguma parceria?

Não tenho, no momento, como mensurar o quanto foi investido em recursos financeiros, mas posso afirmar que o CSA é fruto do engajamento de gestores, professores e técnicos sensibilizados com o panorama acadêmico mundial, que reitera a urgência no desenvolvimento de medidas efetivas de enfrentamento das causas do adoecimento dos estudantes no ensino superior. É o nosso compromisso com os princípios da qualidade de vida e do bem-estar.

O CSA prestará atendimento com uma equipe multiprofissional?

Inicialmente temos um grupo mínimo à frente do CSA composto pela professora Michele Soltosky, do Departamento de Formação Específica em Fonoaudiologia, e do psiquiatra Cláudio Bastos. No entanto, vale destacar que os professores do Instituto de Saúde Coletiva, localizado no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), e das Faculdades de Medicina e Psicologia, bem como do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), e os servidores da Escola de Enfermagem, da Coordenação de Atenção Integral à Saúde e Qualidade de Vida (Casq), da Divisão de Atenção à Saúde do Estudante (Dase), entre outros órgãos, têm contribuído muito para a formação de uma grande equipe.

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