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Almoço de confraternização e troca de experiências entre ex-reitores e a gestão atual

Um dia para lembrar, aprender e confraternizar. Assim foi o almoço que recebeu cinco ex-reitores na Universidade Federal Fluminense na tarde dessa sexta-feira, 12 de julho. Estiveram presentes no Gabinete do Reitor personagens fundamentais para a história da Universidade, como Jorge Emmanuel Ferreira Barbosa, José Raymundo Martins Romêo, Hildiberto Ramos Cavalcanti de Albuquerque Jr., Cícero Mauro Fialho e Sidney Luiz de Matos Mello; o decano, Heitor Luiz de Moura, a professora Aidyl de Carvalho Preis e o ex-prefeito de Niterói, professor Waldenir de Bragança.

O encontro foi promovido pelo Gabinete do Reitor em agradecimento ao gesto de solidariedade institucional pela assinatura da carta em apoio à Universidade Federal Fluminense. Os gestos são uma forma de demonstrar uma instituição unida para enfrentar os desafios que se apresentam e, também, uma oportunidade frutífera de aprender com experiências do passado.

O reitor Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega agradeceu os presentes pela assinatura da carta e reforçou um sinal de deferência histórico para as pessoas que fizeram da UFF uma das melhores universidades do Brasil. “Esse encontro está causando mais emoção do que eu imaginava. Ninguém deixa de ser reitor. Cada um de vocês tem um significado muito importante para mim e para a UFF. Essa oportunidade de ouvir e conhecer as histórias me fez admirá-los ainda mais”.

Há muito tempo, o professor, Jorge Emmanuel Ferreira Barbosa, reitor da UFF entre 1970 e 1974, não adentrava o gabinete em que trabalhara quase cinquenta anos atrás. Dessa vez, para reencontrar velhos amigos e lembrar-se dos desafios de uma universidade que se mantinha autônoma mesmo em tempos de repressão. Ele fez questão de vir de Teresópolis para participar do almoço. “Queria registrar a minha felicidade e emoção de estar presente aqui com vocês”.

Entre um café e outro, a conversa fluía sobre dificuldades históricas dos ex-reitores, momentos de superação e de construção da UFF como ela é hoje. O professor, José Raymundo Martins Romêo, reitor entre 1982 e 1985 e entre 1990 e 1994, recordou de crises graves como a de 1984, quando enfrentaram quatro meses de greve. “A gente ia para casa preocupado porque não tínhamos dinheiro nem para pagar a conta de água. A situação era terrível, mas a universidade sobreviveu. Sempre sobrevive. Nós já passamos, mas a UFF vai ficar. E fico satisfeito de ver que está em muito boas mãos”.

A professora Aidyl de Carvalho Preis considerou o dia um importante momento histórico. “Fiquei muito emocionada de poder rever pessoas tão queridas com quem trabalhei direta ou indiretamente por tantos anos. Nós fizemos a nossa parte e sabemos que estamos entregando o pouco que fizemos em boas mãos. Saio daqui muito tranquila e feliz”.

O ex-reitor da UFF entre 1985 e 1989, professor Hildiberto Ramos Cavalcanti de Albuquerque Jr., lembrou dos desafios da redemocratização e enfatizou a necessidade de a Universidade abrir um diálogo franco com a sociedade. “Uma universidade federal muda as cidades de patamar. A UFF se capilarizou e foi para o norte fluminense, para perto de onde os alunos estão. Temos uma inserção estadual e nacional. Precisamos mostrar nossos projetos para atravessar esse período difícil”.

O professor, Cícero Mauro Fialho, reitor da UFF entre 1994 e 2002, pediu que os encontros se repetissem mais vezes e destacou a imagem de unidade da UFF. “Gostaria de parabenizar Antonio Claudio e Fabio Passos pelo gesto. Mostrar uma Universidade coesa é muito importante. Fico muito feliz em rever o professor Barbosa. Aprendi muito com ele e com os demais ex-reitores”.

O mais novo do grupo de ex-reitores, professor Sidney Luiz de Mattos Mello refletiu sobre o momento político do país e afirmou que as crises são passageiras. “Estamos superando as dificuldades mostrando muito trabalho e realizações. Um grande movimento foi a aproximação com as prefeituras municipais, em Niterói com a revitalização do Cine Icaraí e finalização da obra do IACS e em Macaé com a construção do prédio. Além disso, a UFF será uma das quatro universidades do Brasil a ter um navio-escola. Muitas coisas positivas estão acontecendo e devem ser ressaltadas, como a busca por emendas parlamentares para a obra do prédio de Medicina”.

O decano, Heitor Luiz de Moura, presente no dia da entrega da carta e no almoço de confraternização, contou estar extremamente satisfeito com o convite. “Todos os reitores aqui presentes são amplos conhecedores do que é a Universidade. Eu cumpro minha tarefa de assumir quando é necessário. Agradeço de coração ao convite para presenciar e participar desse encontro”.

Waldenir de Bragança, quando prefeito de Niterói, autorizou as construções nos campi do Gragoatá e da Praia Vermelha. Ele comentou em detalhe as histórias de criação da Universidade e enfatizou a importância de alunos e professores pratas da casa que podem colaborar fazendo pontes com políticos do Estado do Rio de Janeiro. “Me coloco completamente à disposição para auxiliar na articulação política com lideranças do Rio de Janeiro”. Waldemir foi professor da UFF, prefeito de Niterói, entre 1983 e 88, deputado estadual, presidente da Academia Fluminense de Medicina e da Academia Fluminense de Letras.

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