Resultado leva em consideração dados de 2017 avaliados pela Times Higher Education, pesquisa que considera um seleto grupo de instituições de ensino superior de ponta no mundo
A Universidade Federal Fluminense obteve melhora significativa nos fatores de maior peso no ranking universitário internacional elaborado pela Times Higher Education. Dados da pesquisa recém-publicada mostram avanço nos quesitos Ensino, Pesquisa, Citações e Retorno à Indústria. O resultado contempla índices analisados sobre o ano de 2017 e reforçam a tendência de melhora acadêmica, a despeito do cenário de restrições orçamentárias. Destaque para a avaliação da qualidade de ensino da UFF, que subiu 100 posições no ranking global.
O Times Higher Education é um ranking universitário internacional que avalia um seleto grupo de 1.396 instituições, entre cerca de 17 mil, que cumprem os seguintes critérios: oferecer cursos de graduação, ter publicado ao menos mil artigos relevantes entre 2014 e 2018 e ao menos 150 em cada um desses anos, e não concentrar mais de 80% da pesquisa em uma única área.
De acordo com o reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, a pesquisa chega num momento importante e ressalta a qualidade do ensino superior público brasileiro. Vem aumentando o número de universidades brasileiras presentes no ranking, que passou de 32 em 2018 para 36 em 2019, e para 46 na edição 2020. “Tal ampliação do espaço das instituições brasileiras ocorre apesar das dificuldades orçamentárias. É um resultado a ser celebrado pelo sistema de educação superior brasileiro, que tem conseguido honrar sua responsabilidade social, mesmo em meio a incertezas e dificuldades”, afirma.
A comparação com resultados das universidades latino-americanas mostra que das 101 ranqueadas, 46 são brasileiras. O Brasil é o país com mais instituições indexadas, seguido pelo Chile, com 18. A Argentina possui somente 4 universidades no ranking.
Quanto aos resultados da UFF, deve-se destacar primeiro a subida de mais de 100 posições no quesito Ensino entre o THE 2019 (com dados de 2016) e THE 2020 (com dados de 2017). Vale lembrar que neste período a Universidade já enfrentava dificuldades orçamentárias, e, ainda assim, subiu na comparação internacional. “Isso se deve a uma combinação de melhoria na reputação da universidade, maior eficácia e também maior eficiência no uso de recursos – tendo sido capaz de formar mais recursos humanos de nível superior com menos recursos”, explica o reitor.
Nos três fatores de maior peso no ranking (Ensino, Pesquisa e Citações), a UFF apresenta resultados melhores na pesquisa recém-divulgada do que nas duas edições anteriores do mesmo ranking. Na análise das métricas, a Educação passou de 16,7 para 20; Pesquisa de 9,6 para 11,3; Citações de 11 para 14,8 e Retorno para a Indústria de 34,3 para 35,2.