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Professor da UFF é admitido no Hall da Fama da Internet

No último dia 27 de setembro, o professor titular do Instituto de Computação (IC-UFF), Michael Stanton, foi admitido no Hall da Fama da Internet por sua contribuição para o desenvolvimento da internet global. A cerimônia foi realizada em San José, na Costa Rica. Michael, que também é cientista de redes e ex-diretor de pesquisa e desenvolvimento da organização social Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), recebeu a premiação junto com outras dez pessoas do mundo todo, por seus papéis extraordinários na conceptualização, construção e expansão da Internet em escala global.

“Esse prêmio reconhece as contribuições que fiz ao longo da minha carreira para o desenvolvimento da Internet. De 1986, quando primeiro me interessei pelo tema, até o momento, passei 20 anos como professor ativo da UFF e, neste período, estive muito focado em atividades ligadas à Internet. Fui o primeiro docente a abordar o tema nas aulas da graduação e pós-graduação, além de ter orientado pesquisas na área”, relata o professor.

O Hall da Fama da Sociedade da Internet foi lançado em 2012 e também funciona como um museu virtual que tem como objetivo celebrar a história viva da Internet. Michael, considerado um dos responsáveis pela chegada da Internet ao Brasil em 1992, também participou do projeto e construção da rede interna da instituição em Niterói entre 1997 e 2000, quando foram instaladas conexões em fibra óptica a mais de 50 prédios em 12 campi da universidade, sendo estes campi interconectados por 12 km de cabos ópticos pertencentes à UFF suspensos dos postes de energia elétrica da cidade.

A abordagem própria de infraestrutura óptica foi pioneira nas redes acadêmicas no Brasil e serviu de modelo, a partir de 2004, a outros projetos semelhantes para a construção de redes metropolitanas pela RNP (projeto Redecomep) em mais de 40 cidades no país inteiro, entre as quais Rio de Janeiro, Petrópolis e Niterói. “A grande vantagem do uso de infraestrutura própria de fibras ópticas é a facilidade da atualização da capacidade das conexões, requerendo apenas a substituição das interfaces ópticas dos equipamentos de conexão à rede. Isto facilita modernizar o funcionamento das redes, sem grandes gastos”, explica.

A partir dessas realizações, Michael contribuiu significativamente para a implantação de redes ópticas escaláveis na América do Sul e suas conexões intercontinentais com os EUA, a África e a Europa, o que culminou em seu reconhecimento internacional. Ao total, foram admitidos ao Hall da Fama da Internet 115 membros. Do Brasil, além do professor Michael Stanton também foram premiados Demi Getschko (2014), atualmente presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, e Tadao Takahashi (2017), primeiro coordenador do projeto RNP do CNPq, entre 1989 e 1996. “Estou muito feliz por ter sido admitido ao Hall da Fama por minhas contribuições a esse coletivo de realização”, conclui.

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