A Universidade Federal Fluminense inaugurou na última sexta-feira, dia 31 de maio, um novo polo de excelência da instituição: o Centro de Ciência Social Histórica sobre Desigualdades Globais. O espaço irá reunir acadêmicos, gestores de política pública e atores sociais para pensar formas possíveis de fazer frente à pobreza, às desigualdades sociais e às relações injustas de poder na sociedade.
O novo espaço contará com a doação de mais de 20 mil títulos, vindos do Centro Fernand Braudel. Além desse acervo, o Centro Fernand Braudel passa a compartilhar com o centro da UFF expertise sobre o papel da economia mundial na formação das desigualdades e vice-versa. Um dos objetivos da parceria é converter a universidade num polo de conhecimento de ponta sobre os mecanismos de produção e reprodução de desigualdades.
Um ciclo de eventos sobre “A Economia mundial e a Desigualdade”, organizado pelos professores Leonardo Marques e Tâmis Parron, marcou o lançamento do centro. As atividades foram iniciadas no dia 28, com o workshop “Atlantic Slavery and the World Economy”. Já no dia 31, foi realizado o lançamento oficial do centro, com a conferência “Universidade pública, pesquisa de ponta e desigualdades”, proferida pelo historiador Dale Tomich.
Atual diretor adjunto do Centro Fernand Braudel, da Universidade Estadual de Nova York, Tomich é autor de livros como “Pelo prisma da escravidão: trabalho, capital e economia mundial”. O palestrante declarou que a escolha da universidade herdeira do acervo não foi aleatória. Segundo ele, “a UFF é o lugar ideal para um centro de pesquisa que visa gerar discussões sobre estes temas”. Sua vinda para o Brasil representa o selamento da parceria entre o Centro Fernand Braudel e o Centro de Ciência Social Histórica sobre Desigualdades Globais da UFF.