O curso da Faculdade de Direito da UFF, sediado no Campus de Volta Redonda, foi a primeira do Estado do Rio de Janeiro, e o terceiro do Brasil, ficando atrás somente da USP de Ribeirão Preto e da Unesp de Franca, em São Paulo, no ranking do 17º Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Foram 37 alunos inscritos e 33 aprovados, o que gerou o percentual de 89,19%. Segundo o professor Marcus Wagner de Seixas, a divulgação do resultado, além de motivar e estimular estudantes, professores e técnicos, marca uma importante conquista para a universidade. O curso de Niterói ficou em quinto lugar, com 82,64%.
“Ano passado, tivemos a maior nota de corte dentre todos os cursos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Brasil, sendo o fato também destaque nacional”, enfatizou o professor.
No Enem, que tem abrangência nacional, a relação candidato/vaga sempre foi alta, mesmo na época do vestibular, afirmou Marcus de Seixas. Outro fato que merece destaque é que hoje os alunos são oriundos de diversos estados, e não só do Rio, São Paulo e Minas Gerais. Atualmente, 45 alunos ingressam no curso por semestre, “o que representa um interesse de 90%”. Além disso, eles apontam como fatores preponderantes para escolha do curso a tradição da UFF e a segurança, pois a cidade está mais afastada da Região Metropolitana do Grande Rio. E, ainda, os projetos desenvolvidos pelos professores e as pesquisas prévias feitas pelos próprios alunos e amplamente divulgadas pelas redes sociais também são condições importantes na escolha do curso e da cidade.
Cabe ressaltar também que os relatórios estatísticos da OAB só levam em consideração as instituições com no mínimo 30 alunos inscritos. “Ocorre que algumas instituições só têm um estudante inscrito”, explicou Seixas. “Logo, se esse único inscrito for aprovado, a instituição terá 100% de aproveitamento, portanto, tal critério é justamente para não mascarar esse resultado.” Marcus de Seixas ressalta também que o curso ainda não formou a primeira turma, pelo fato de ter iniciado em março de 2011. “Isso é possível”, esclareceu, “porque a OAB permite que os alunos no último ano da faculdade já possam prestar o exame, condicionando a entrega da carteira à colação do grau.”
Marcus de Seixas também acredita que o êxito do curso seja uma soma de outros fatores, com destaque para turmas com no máximo 45 alunos por sala, permitindo um diálogo mais próximo com cada um individualmente; salas novas e bem equipadas, com areação natural e ar-condicionado, data show, etc. Além disso, a direção da unidade mantém uma boa estrutura para os professores. “Divido a sala com outros cinco colegas, mas cada um tem sua mesa com computador e ramal de telefone. Isso estimula a formulação e a dedicação aos projetos de pesquisa e extensão, permitindo fácil acesso dos estudantes aos professores e dedicação destes no ambiente de trabalho”, disse.
Assistência estudantil
Uma ampla rede de assistência estudantil foi criada a partir de projetos de ensino, pesquisa e extensão, que foram apresentados por professores, todos doutores ou em fase final de conclusão de seus doutorados. Segundo Marcus de Seixas, o trabalho recebeu apoio das monitorias, o que permitiu uma considerável captação de bolsas para os alunos. Levantamento realizado pela faculdade indicou que cerca de 40% dos alunos aprovados no exame da OAB receberam durante o curso ao menos uma bolsa. “Esse fato trouxe certamente uma maior tranquilidade para que eles se dedicassem exclusivamente aos estudos”, concluiu.
Ranking nacional do exame da OAB
1 – USP de Ribeirão Preto, com 94,44% de aprovação (SP)
2 – Unesp de Franca, com 91,03% (SP)
3 – UFF de Volta Redonda, com 89,19% (RJ)
4 – UFPB de João Pessoa, com 85,37% (PB)
5 – UFF de Niterói, com 82,64% (RJ)
6 – UFRJ, com 80,51% (RJ)
7 – UFMT, com 80,36% (MT)
8 – UFPR, com 80,20%, (PR)
9 – USP, com 80,10% (SP)
10 – UFJF de Juiz de Fora, com 75,38% (MG)