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Projeto Camelia expõe dados preliminares a respeito da saúde de niteroiense

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A apresentação dos primeiros resultados do Projeto Camelia: Projeto Cardioneurometabólico-renal Familiar em Niterói ocorreu nesta quarta-feira, no Anfiteatro Paulo Dias Gomes do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap). O objetivo da análise foi investigar a existência de agregação familiar de componentes da síndrome metabólica em população adscrita ao projeto do Médico de Família de Niterói, assim como a correlação de marcadores inflamatórios, cardíacos, renais e neurológicos nos diferentes grupos populacionais estudados e sua repercussão clínica. A síndrome metabólica, expressa por um conjunto de alterações (resistência à insulina, obesidade, hipertensão e dislipidemia), está fortemente associada à mortalidade cardiovascular.
Detectou-se em uma das análises que 29,8% das mortes de niteroienses são provenientes de doenças do aparelho circulatório. Uma das grandes responsáveis por isso, segundo da coordenadora do estudo, professora Maria Luiza Rosa, é a “síndrome da modernidade”, que se manifesta por meio de alimentação que privilegia “fast-foods”, aliada ao sedentarismo.
Os resultados da pesquisa visam promover planejamento de saúde mais sólido e direcionado, como garantiu o professor Evandro Tinoco, que também atua no projeto. “Pesquisar e conhecer como se comportam essas enfermidades é necessário para traçar atuações específicas nesse campo. Além disso, a coleta desses dados da população de Niterói pode ajudar a reduzir no futuro a mortalidade e morbidade das doenças crônico-degenaritivas”, garantiu ele.
O Projeto Camelia é composto por uma equipe de 15 pesquisadores, 15 médicos – dez são médicos de família –, cinco nutricionistas, uma enfermeira e três dentistas. A pesquisa permite a integração entre professores e alunos que, juntamente com seus respectivos orientadores, também participam do projeto.
Até agora, 388 indivíduos foram pesquisados na coleta das primeiras 90 famílias. Objetiva-se examinar um número de 1,6 mil participantes, em 16 módulos do Programa Médico de Família.
Representando a Fundação Municipal de Saúde de Niterói, Verônica Alcoforado ressaltou a parceria entre a UFF e a Prefeitura. “Essa reunião de forças agrega valores indispensáveis à comunidade em geral. A coleta desses dados permite um planejamento de saúde mais eficaz”, afirmou.

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