A arquitetura moderna foi fundamental para a construção de novas imagens de identidade nacional para as jovens nações nas Américas, na África e na Ásia. No Brasil, os programas de substituição de importações e de modernização da infra-estrutura do país concretizaram-se em dezenas de indústrias e em obras como as do Aeroporto Santos Dumont (1937-1944), no Rio de Janeiro, e do Centro Tecnológico da Aeronáutica, em São José dos Campos (1947). A importante produção arquitetônica das décadas de 1940 a 1960 é tema do livro “Moderno e nacional” (Eduff, 222p. R$ 25,00) que será lançado nesta terça-feira, 12 de dezembro, às 17h, no Auditório do Chalé – Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF, na Rua Passo da Pátria, 156, São Domingos, Niterói. Na ocasião, o livro será apresentado pelo professor Hugo Segawa, coordenador do Docomomo Brasil.
A obra é fruto do 6º Seminário Nacional Docomomo-Brasil (International Working Party for Documentation and Conservation of Buildings, Sites and Neighbourhoods of the Modern Movement), realizado em novembro de 2005, pelo Programa de Pós-graduação da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense. Pesquisadores de todo o país foram convidados a refletir sobre a produção da época, reconhecida internacionalmente como a arquitetura moderna brasileira.
Os diferentes textos que compõem o livro originaram-se de duas mesas-redondas apresentadas no seminário: “A problemática do moderno nacional” e “A preservação do moderno”, além das conferências que, pela temática abordada, contribuíram para os debates propostos. Discutir a idéia do nacional nas realizações da arquitetura moderna brasileira e a validade deste posicionamento atualmente em face do panorama internacional são as principais questões dos textos da primeira parte do livro. Na segunda metade, os autores abordam os novos problemas que a conservação do patrimônio moderno traz para a prática de preservação no Brasil.