Em 14 de dezembro, a reunião do Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) foi interrompida pelo movimento estudantil. Após serem aprovados 119 processos, quando ia ser revista a decisão no 454/2005, que aprova a garantia de reposição integral de aulas e de todas as atividades acadêmicas após o termino da greve, um grupo de estudantes do comando de greve estudantil entrou na sala batendo palmas, gritando e correndo entre as cadeiras, impedindo o pleito da decisão e a continuidade da reunião.
A proposta revoga a reposição integral das aulas e permite que cada departamento levante as atividades que serão feitas, ou não, após o término da greve. A reposição é o cumprimento das atividades comprovadamente não implementadas no período de paralisação. Cada departamento teria dez dias, a partir do término da greve, para apresentar à Pró-Reitoria de Assuntos Acadêmicos (Proac) relatório das atividades previstas, realizadas ou não, durante o período de paralisação. Não sendo encaminhado relatório será entendida a não-solução de continuidade.
“No início da greve o movimento estudantil buscou o Conselho Universitário, que reconheceu a greve e garantiu a reposição integral das aulas. Ao ir para o CEP, a primeira decisão foi afinada ao Conselho. Depois, um grupo de professores se juntou à proposta de não se repor as aulas que foram dadas. Isso tira a autonomia política do movimento estudantil, pois alunos que seguiram a greve irão ser prejudicados. Desta forma, o movimento achou democrático impedir que a decisão ocorra”, afirmou o aluno Leonardo Leitão, do quinto período de História e integrante do Comando de Greve Estudantil.