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Almanaque “Bandas d’Além conta histórias de Niterói”

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Reportagem: Priscilla Mansano
Um livro cheio de História e histórias. Receitas de doces, lendas indígenas personagens reais e inventados, além de passatempos como palavras-cruzadas, labirintos, enigmas e adivinhações. Tudo isso é o almanaque “Bandas d’Além”, trabalho do Laboratório de Educação Patrimonial (Laboep), projeto de extensão da UFF. O almanaque vem colaborar de forma agradável e positiva com o trabalho dos professores e dos futuros professores no ensino da História de Niterói.
Bandas d’Além é dividido em três partes, cada uma fazendo um caminho diferente por Niterói, tendo como ponto de partida a Praça Leoni Ramos, em frente ao campus da UFF no Gragoatá. O personagem Chico percorre os caminhos à procura da “água escondida”, significado indígena do nome da cidade.
A primeira rota vai da praça até a Fortaleza de Santa Cruz. O segundo vai na direção oposta, ainda percorrendo a Baia de Guanabara, terminando no cemitério do Maruí. E o último trajeto atravessa a cidade, indo até a Praia do Sossego, quando o personagem descobre a tal “água”.
Pesquisas feitas em áreas populares no interior do Rio Grande do Norte, Goiás e Santa Catarina revelaram que o meio mais simples de leitura desse público é o formato de almanaque. “Quando você faz um relatório, as pessoas não lêem”, explica a professora Lygia Segala, uma das coordenadoras do Laboratório. Apesar de ser um livro recente, a criação foi um processo de quase seis anos. E já que o objetivo do livro é “através da História, criar outras histórias”, vamos entrar na brincadeira.
Era uma vez…
Duas professoras da Educação: Lygia e Léa. Elas resolveram reunir em um livro todo material produzido no Curso de Tradição Oral e Contação de Histórias. No curso, as alunas de Educação pesquisavam a história dos patrimônios de Niterói e contavam de várias formas. Umas escreveram poesias, outras reportagens, outras mais contaram história de piratas, histórias de amor, cordel. Depois de juntar tudo foi preciso “costurar” as histórias, fotos e acrescentar outras cositas mas. Em seguida o almanaque foi para o laboratório de programação visual da própria universidade onde os alunos fizeram toda a diagramação. O resultado é um livro leve e divertido com conteúdo histórico.
O Almanaque será utilizado em 12 escolas municipais ainda este ano, como a Professor Paulo Freire (antigo Colégio Brasil), no Fonseca, e a Paulo de Almeida Campos, em Icaraí. O Laboep, coordenado pelas professoras Lygia Segala e Léa Calvão, também conseguiu da Petrobrás um financiamento para um ano do projeto “Saberes da Construção”.

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