Além de compositor, Martinho da Vila segue a carreira de escritor, com sete livros no currículo. O mais recente, Vermelho 17, aborda as aventuras e desventuras de um adolescente e foi lançado no dia 26 de novembro, na Livraria Eduff Icaraí, durante a Agenda Acadêmica. Ilustrado pelo cartunista Ykenga, o romance segue a trajetória de Vermelho de Assis Barreto, assim batizado pelo pai, ex-militante do Partido Comunista, em homenagem ao América Futebol Clube e em devoção a São Jorge.
No livro, o autor cria uma espécie de diário pós-moderno para tratar de sentimentos comuns à adolescência, como paixão, incertezas, conquistas, medos, inseguranças e a vontade de abarcar o mundo com as pernas. Vermelho está com 17 anos, uma idade das mais confusas. Nem tão homem para atitudes de grandes responsabilidades, nem tão jovem para continuar cometendo atos irresponsáveis. O “quase lá” da idade de Vermelho parece ser seu maior conflito. Logo, seu maior dilema.
Criado com uma superproteção materna; tendo vivenciado o pai sempre ceder aos apelos da mãe, o amadurecimento de Vermelho só veio mesmo com a separação dos pais. E o aprendizado também. Ter que dividir seus sentimentos e optar por conviver com apenas um dos dois (que antes formavam um casal) foram as primeiras atitudes tomadas por conta própria, aos 10 anos de idade. Vermelho é adepto da internet, porém na mesma proporção que é um bom amante da literatura.