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Ditadura e repressão na América Latina é tema de debate no 4º dia da Agenda

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A tese “Repressão sem fronteiras” da professora Samantha Viz Quadrat, da UFRJ, foi debatida na quinta-feira, 10 de novembro, no Campus do Gragoatá. A mesa-redonda contou com a participação dos professores de história da UFF Daniel Aarão Reis Filho e Denise Rollemberg.
Em sua tese, que foi defendida na UFF e teve Daniel Aarão como orientador, Samantha Quadrat mostra as semelhanças e diferenças das ditaduras latino-americanas e a participação das mesmas na Operação Condor.

Uma das diferenças ressaltadas é a maneira como cada ditadura tratava seus presos. “O Brasil se especializou na inteligência, investigava as pessoas, por isso criou o Serviço Nacional de Informação (SNI). Com a ajuda do Brasil o Chile também desenvolveu um forte serviço de inteligência, a Direção de Inteligência Nacional (Dina). O Uruguai optou pela prisão, já que é um país pequeno e seria difícil esconder as mortes. Já o Paraguai e a Argentina optaram por um extermínio em massa, a solução final, como eles diziam”, afirmou ela.

Questões como a participação da sociedade nessas ditaduras foram levantadas. Para os membros da mesa a sociedade tem uma participação importante mas pouco questionada no estabelecimento dos regimes, uma vez que eles só se estabeleceram devido ao apoio de grande parte da população. Para Denise Rollemberg e Daniel Aarão, a nomenclatura “ditadura militar” é errada, pois não houve só a participação dos militares, mas também dos civis. Para eles, “ditadura civil-militar” seria o nome mais adequado.

Em sua tese, Samantha estudou a Operação Condor, que se consolidou em 1973, com uma reunião dos países do Cone Sul em Santiago. Os objetivos da operação eram realizar seqüestros e assassinatos conjuntos e trocar presos e informações entre os países membros, entre outros.

Os membros da mesa consideram que para entender a situação política atual é necessário compreender essas ditaduras.

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