Pesquisa internacional, envolvendo seis países latino-americanos – Brasil, México, Colômbia, Argentina, Chile e Uruguai – vai avaliar de que maneira o comércio internacional interfere na vida das mulheres, do ponto de vista do emprego, arranjos familiares, posição na ocupação, dentre outros indicadores.
A pesquisa, que se chama “Comércio, Gênero e Eqüidade na América Latina”, será realizada, na parte brasileira, pelo Departamento de Economia da UFF, em parceria com a rede Internacional de Gênero e Comércio (IGTN – International Gender and Trade Network).
Até o início de 2007, a avaliação deve estar pronta, com os mesmos indicadores para os seis países participantes. O lançamento nacional da pesquisa foi realizado no dia 18 de outubro, com apresentação e discussão do projeto, dos objetivos e da metodologia a ser empregada.
Essa é uma abordagem econômica inovadora, e a pesquisa, que vai abranger o comércio de todos os setores industriais, estudará não apenas o mercado interno, como também as exportações. No comércio de microeletrônicos, por exemplo, será estudada a Zona Franca de Manaus, onde existe um enorme contingente de mulheres trabalhando e, a partir daí, se aprofundarão os temas como o trabalho produtivo feminino e o chamado trabalho invisível ou não pago, que compreende os afazeres domésticos ou as atividades denominadas de economia do cuidado, que é o tempo despendido pelas mulheres no tratamento de crianças e idosos.
Segundo uma das pesquisadoras, a economista Marta Castilho, essa é uma área que está começando agora a ser estudada e mapeada, daí a importância do trabalho conjunto com os demais países, para que se possa, desde o início, obter comparabilidade internacional.
A pesquisa conta com apoio do Instituto Eqüit de Gênero, Economia e Cidadania Global, com sede no Rio, e financiamento do instituto canadense International Development Research Centre (IDRC).