O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira, 6, a reestruturação da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, que deverá ser transformada em fundação de amparo e fomento à música brasileira. “Já está em tramitação no Congresso Nacional projeto de lei complementar que amplia a ação da Orquestra Sinfônica e a transforma em fundação de amparo, memória e difusão da música erudita brasileira”, afirmou o ministro, em entrevista coletiva, em Brasília.
“O Brasil está entre os países que têm a maior produção de música erudita no mundo e certamente é o maior produtor das três Américas”, destacou a maestrina Ligia Amadio. Segundo ela, perde-se a produção musical pela ausência de uma instituição capaz de resguardar partituras e microfilmagens. “Já perdemos muitas partituras históricas que não têm recuperação por falta de recursos”, ressaltou.
Os investimentos na orquestra são hoje de R$ 3 milhões, valor que inclui a folha de pagamento dos 80 músicos. Com a aprovação do projeto que a transforma em instituição de amparo, os investimentos devem ficar entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões.
Apresentações — A Orquestra Sinfônica Nacional e o pianista Artur Moreira Lima estão em Brasília para participar das comemorações do Sete de Setembro, que este ano tem o tema “A educação é o caminho”. A primeira apresentação está marcada para esta sexta-feira, 7, no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, às 16h; a segunda, no domingo, às 10h, no mesmo local. A Orquestra Sinfônica Nacional foi criada por Juscelino Kubitschek, em 1961, para resguardar a cultura musical brasileira.
É essa missão que queremos resgatar”, salientou Haddad. A orquestra já produziu dois CDs e dois DVDs, distribuídos nas escolas públicas brasileiras. “O repertório dos CDs e da apresentação de Sete de Setembro é um verdadeiro mapeamento musical do Brasil”, garantiu a maestrina Ligia Amadio.
Até o fim do ano, cinco CDs com a produção da orquestra serão produzidos e distribuídos nas escolas públicas no âmbito do programa DVD Escola.