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Incubadora de Empreendimentos em Economia Solidária oferece assessoria gratuita a cooperativas populares

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A UFF, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), desenvolve desde 2003 o projeto Rede de Cooperativas Populares em Economia Solidária, uma atividade do Núcleo Unitrabalho–UFF, que ocorre dentro de uma Incubadora de Empreendimentos em Economia Solidária (IEES), no Instituto de Ciências Humanos e Filosofia, localizado no Campus do Gragoatá, em Niterói.
A incubadora oferece assessoria gratuita e de qualidade a grupos de trabalhos e cooperativas populares que desejem se reinserir no mercado por meio do trabalho coletivo e autogestionário, os princípios de uma economia solidária, gerando trabalho e renda. Existem em todo o Brasil aproximadamente 82 incubadoras. Duas delas estão localizadas no Estado do Rio de Janeiro, uma na UFF e outra na UFRJ.
A Rede de Cooperativas Populares em Economia Solidária tem como função oferecer aos trabalhadores ferramentas para que possam crescer e gerenciar seus próprios negócios, apoiando e sanando deficiências na produção, procurando cursos de qualificação profissional (como ajudar a pessoa a lidar com a timidez e a lidar com as finanças), elaborando plano de negócios, assessoria em marketing de vendas (visando identificar o mercado estratégico), legalização, encaminhamento à alfabetização e educação para adultos, dentre outras necessidades peculiares de cada grupo, mas com grande foco na formação de um cooperativismo real.
A Incubadora UFF tem atualmente três grupos de trabalhadores: a Cooperativa de Construção Civil do Barreto (COOCB), a Cooperativa de Alimentação (Coopercriativa) e a Cooperativa de Beneficiamento de Pescado (Ocapesca), uma fábrica autogestionária na Ilha de Itaóca, em São Gonçalo.
É importante ressaltar que a Incubadora não é uma agência de empregos, para receber assessoria dela não basta ter apenas uma idéia na cabeça, é necessário que um grupo de pessoas (cooperativas são formadas pelo coletivo e não pelo individual) estejam imbuídas de um espírito empreendedor e social, além de que tenham alguma qualificação para o tipo de atividade que desejam transformar em negócio. O projeto é de cunho social e destinado a pessoas de baixa renda.
Numa cooperativa não há um patrão e os empregados, todos são patrões e dividem igualitariamente os lucros e prejuízos. É necessário alertar as pessoas para um problema que vem se tornando freqüente: o das falsas cooperativas. Nelas há patrão, empregado e salário fixo e baixo para o empregado, enquanto o patrão ganha um salário diferenciado e alto.
Hoje, no Brasil, há uma Secretaria Nacional de Economia Solidária, cujo representante é o professor Paul Singer, economista e autor de vários livros sobre a temática, tem uma atuação intensiva frente ao tema trabalho. No final de 2005, o economista realizou pela sua Secretaria um Mapeamento dos Empreendimentos Econômicos Solidários em todo o país, com finalidade de identificar as particularidades de cada estado, bem como elaborar políticas públicas para esse segmento. Este ano um novo mapeamento está sendo feito, no qual alunos, inclusive da UFF, participaram como entrevistadores. O primeiro foi realizado em 2005. Os mapeamentos foram feitos pela Secretaria Nacional de Economia Solidária.
O projeto Rede de Cooperativas Populares em Economia Solidária foi convidado a integrar o Módulo de Ação Comunitária, um programa de melhoria de qualidade de vida na comunidade do Morro do Palácio, no Ingá, Niterói. O Módulo possibilita aos jovens, profissionalização, educação artística e educação ambiental.
Sob a coordenação das professoras Bárbara Heliodora França e Maria Lúcia Pontual Braga, a Incubadora, que virou projeto de extensão pela necessidade de se ter estagiários, funciona na sala 344 do Bloco O da UFF Gragoatá.

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