A UFF solicitou a inclusão no Programa Incluir, financiado pelo Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Superior (Sesu) e a Secretaria de Educação Especial (Seesp). O objetivo apoiar e financiar projetos das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), que visam promover igualdade de oportunidades e o direito à educação de pessoas com deficiência.
Para a professora Luiza Santos Moreira da Costa, do curso de Medicina da UFF e fomentadora da inclusão da universidade no projeto, o Programa Incluir será o responsável por uma mudança no paradigma socioeducacional da instituição, caso seja aprovado. Ainda segundo ela, a sensibilidade precisa ser trabalhada de forma consciente no âmbito acadêmico, não só na medicina, mas em outros cursos. Esse seria um grande passo para a inclusão social, ao desmistificar o estigma de invalidez que os deficientes físicos carregam. “A universidade deve isso a eles”, acrescenta.
A UFF possui alguns projetos de extensão voltados ao tratamento com deficientes físicos como “Acessibilidade e identificação de estudantes com deficiência no ensino superior: as experiências da Universidade Federal Fluminense”, realizado no Laboratório de Informática em Educação Especial da Faculdade de Educação; “Sensibilização de professores do curso de Medicina da UFF para prevenção de incapacidade, inclusão social, atenção e abordagem de pessoas com deficiências” e “Ver e não ver: o teatro como dispositivo cognititvo entre jovens deficientes visuais”, promovido por meio de uma parceria entre a UFF e o Instituto Benjamin Constant (IBC) que, embora existindo desde o ano passado, foi oficializada em 2006.
Existem atualmente 40 estudantes portadores de deficiência matriculados na instituição. O edital 2006 do Programa Incluir está disponível para consulta no site do MEC (www.mec.gov.br) pelo link “Educação Especial”. O julgamento das propostas e a listagem das 11 instituições federais que tiveram seus projetos aprovados estarão disponíveis ainda neste mês.