Criada em 1996, como uma extensão da Faculdade de Farmácia da UFF, para aprimorar a formação do profissional farmacêutico e atender, basicamente, os pacientes vindos dos ambulatórios do Hospital Universitário Antonio Pedro, em pouco tempo o atendimento foi estendido para todas as receitas vindas dos serviços públicos de Niterói e dos municípios vizinhos. Hoje são mais de 13 mil receitas atendidas por mês, tendo com isso, dobrado, nos últimos cinco anos, o número de produtos oferecidos à população.
Ao completar dez anos, a farmácia-escola da UFF pode se orgulhar de sua contribuição para a melhora da assistência farmacêutica em Niterói e nos municípios vizinhos. Para comemorar a data, vários especialistas estarão reunidos amanhã, dia 14, das 9h às 17h, no Teatro da UFF, para debater os principais aspectos da atividade farmacêutica atual.
Entre os especialistas convidados para o debate, estarão representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), da Secretaria de Saúde de Niterói, além de professores da Faculdade de Farmácia e diretores da Farmácia Universitária, que falarão sobre o acesso da população a medicamentos e sobre as várias funções das farmácias universitárias, como atividades de extensão, ensino e pesquisa.
Uso racional de medicamentos
A assistência farmacêutica brasileira enfrenta, atualmente, várias dificuldades que comprometem o uso racional de medicamentos no país. Entre essas dificuldades, estão a dependência de matéria-prima internacional, a falta de investimentos, as dificuldades gerenciais dos laboratórios oficiais e o hábito de medicalização da sociedade, que é um fenômeno mundial, mas que contribui, no conjunto, para o uso irracional dos medicamentos.
Esforços para mudar esse quadro estão sendo feitos, inclusive a tentativa de modificar a percepção da sociedade quanto ao papel da farmácia e à função do farmacêutico. Vista como um estabelecimento comercial, ela tenta assumir a função de uma unidade de saúde, enquanto o profissional farmacêutico procura se comprometer mais com a terapia medicamentosa.
Observa-se, aos poucos, mais rigor na regulação das farmácias e da própria atividade de manipulação de medicamentos, em função da complexidade crescente das receitas administradas, exigindo mais investimentos em tecnologia e controle de qualidade por parte das chamadas farmácias de manipulação.
Para debater todos estes aspectos, estarão presentes ainda os diretores das farmácias universitárias das universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Minas Gerais (UFMG). Informação isenta sobre medicamentos
A Farmácia Universitária mantém ainda um serviço técnico-científico que atende tanto os profissionais de saúde quanto os usuários de medicamentos, ao fornecer informação atualizada e isenta sobre os produtos farmacêuticos. O serviço, chamado Ceatrim – Centro de Apoio à Terapia Racional pela Informação sobre Medicamentos – responde a perguntas que chegam por e-mail, telefone ou fax, de segunda a sexta, das 9 às 16 horas.
Para solicitar informação, a pessoa deve se identificar, explicar claramente sua necessidade e indicar por qual meio deseja obter a resposta.