A Petrobrás investirá 56,4 bilhões de dólares até 2010 nos setores de construção naval e offshore. Desse valor, 32 bilhões serão destinados para a comercialização de produtos das empresas brasileiras do setor. Os dados foram anunciados, pelo presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, na cerimônia de abertura da 1ª Feira e Conferência Internacional de Tecnologia Naval e Offshore – Niterói Fenashore.
O reitor da UFF, Cícero Mauro Fialho Rodrigues também compôs a mesa de abertura juntamente com o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Rodrigo Neves, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos de Luca, o diretor da Escola de Engenharia da UFF e presidente do Niterói Polotec, Emmanuel Paiva de Andrade, além de outras autoridades do Ministério dos Transportes, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, da Câmara de Vereadores de Niterói, da Transpetro, da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), da Firjan e do Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval).
“A UFF participa com a alma do evento. Esperamos que a Fenashore se torne uma referência não só em termos de comércio e negociações, mas também em termos de discussão do futuro do desenvolvimento naval e offshore”, afirmou o reitor da UFF. Para Cícero Rodrigues, a qualificação da mão-de-obra para atuar no setor é um desafio da universidade. Nesse sentido, já foram criados a graduação em mecânica com ênfase em engenharia naval e, para o 1º semestre de 2006, a graduação em Engenharia de Petróleo e Gás Natural, além de cursos de pós-graduação também na área.
“É importante que desenvolvamos a tecnologia nacional juntamente com as indústrias. As necessidades vão surgindo e a universidade vai participando de alguma forma, através de consultorias e de projetos, por exemplo. A ciência que nós desenvolvemos é para ser democratizada, mas a parte de inovação cabe à indústria”, ressalta o reitor da UFF sobre os papéis da universidade e da empresa.
Para o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, a feira representará um salto de qualidade no desenvolvimento econômico da cidade, principalmente no setor naval e offshore. “Serão negociados milhões de dólares nos quatro dias dessa feira e também milhares de emprego serão gerados a partir do evento”, afirmou. O prefeito lembrou também que os impostos pagos pela indústria naval foram reduzidos de 5 para 2% e pela indústria offshore de 5 para 3%. De acordo com ele, a medida faz parte das ações que a prefeitura vem implementando para estimular o desenvolvimento do setor, além da busca de parcerias com a sociedade, governos e “pensamento técnico-científico das universidades”.