A segunda Audiência Pública sobre o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFF para o quadriênio 2008-2011 foi realizada no Campus da Praia Vermelha, com a participação de 60 pessoas pertencentes às escolas de Engenharia e de Arquitetura e Urbanismo, institutos de Geociências, Física, Computação, Arte e Comunicação Social (IACS) e faculdades de Economia e Direito. A audiência foi realizada no auditório da Escola de Engenharia.
Abriram o evento o vice-reitor e pró-reitor de Planejamento, Emmanuel Andrade, o diretor da Escola de Engenharia, Hermano Cavalcanti, e o diretor do Centro Tecnológico, Walber Paschoal da Silva. O professor Emmanuel Andrade definiu o PDI como uma reunião de trabalho e esclarecimento que “permite pensar de uma forma estruturada os gastos com transparência e democratização”.
Após a exposição do coordenador de Desenvolvimento da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), Jailton Gonçalves Francisco, sobre os resultados do PDI-2006 e a previsão para 2007, 20 oradores ora reiteraram assuntos da audiência realizada no Campus do Gragoatá, ora avançaram proposições ou demandas novas. Assim, segurança nos campi e no DCE, apoio aos trabalhos de campo dos alunos, bibliografia básica e pleno funcionamento das bibliotecas são temas reincidentes, comprovando a urgência de resposta.
Foi sugerido que o PDI passe a contar com 20% da dotação orçamentária oriunda do Tesouro (excluído os gastos com pessoal, que estão em torno de 90% do orçamento total). Chamou-se a atenção para as condições de trabalho nem sempre dignas dos empregados que nos prestam serviços de limpeza e segurança, devendo ser pensado meios de beneficiá-los e de inserir cláusulas pertinentes nos contratos da UFF com estas empresas. Mencionou-se que os tópicos “bibliografia” e “bibliotecas” devem evoluir para um tratamento mais amplo de um sistema de informação acadêmica através de redes de informação, como resposta da universidade à complexidade do mundo do conhecimento e das possibilidades tecnológicas. Levantou-se a dúvida se o atual sistema “departamentalizado” das bibliotecas não estaria dificultando a mobilidade de pessoal para atendimento.
Insistiu-se na atenção que os servidores técnico-administrativos devem merecer da UFF, não só porque qualquer plano só se realiza contando com seu trabalho, como porque muitas vezes uma visão “produtivista” é cumprida à revelia do bem-estar humano, sendo mencionado o alto índice de doenças que atingem prematuramente grande número de servidores, o que merece estudo e resposta.
Foi dito que algumas estatísticas apontam a evasão de alunos da UFF em 45% e, mesmo que tal cálculo esteja exagerado, que este é um desafio irrecusável. Propôs-se que os pré-vestibulares populares sejam incluídos no PDI, pois constituem um dos grandes instrumentos de inclusão social no ensino superior.
A extinção dos Centros foi abordada como um processo que exigirá clareza e agilidade na dotação às unidades de condições de exercerem sua autonomia, o que não está ainda muito bem definido pela UFF, propondo-se que o assunto seja apreciado no âmbito do PDI.
Por fim, apontou-se para a necessidade da UFF equalizar suas unidades quanto às condições de espaço e infra-estrutura, o que pode ser talvez alcançado através de plano plurianual de edificações que atenda tanto a unidades específicas como às demandas gerais de salas de aulas.
As audiências prosseguem, segundo o cronograma disponível em www.uff.br/uffon/noticias/2007/07/pdi-audiencias-publicas.php. Propostas e críticas podem ser enviadas para pdi@proplan.uff.br até 31 de agosto. As audiências são transmitidas pela internet, com acesso pelo site www.uff.br/webtv. A terceira audiência será nesta quarta-feira às 14h, no Instituto de Química, no campus do Valonguinho.