A UFF debateu com representantes do Ministério da Educação, nesta quarta-feira, 22, o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni. A diretora do Departamento de Desenvolvimento da Educação Superior do MEC, professora Maria Ieda Costa Diniz, e o professor Murilo Silva de Camargo, representante da Comissão Assessora do programa e decano de Ensino de Graduação da UnB, apresentaram as diretrizes do Reuni a professores, diretores de unidade, servidores técnico-administrativos e professores membros da Comissão Reuni/MEC da UFF. Houve também a presença de professores integrantes da Comissão da UniRio.
A abertura foi feita pelo pró-reitor de Assuntos Acadêmicos, professor Sidney Mello. O reitor da UFF, professor Roberto Salles, deu as boas-vindas aos professores e enfatizou a importância da discussão: “Ninguém pode fugir de uma discussão de esclarecimento. Estamos aqui para isso. Nossa gestão é uma gestão que quer deixar tudo muito claro para todos”. Também participou o vice-reitor e pró-reitor de Planejamento, Emmanuel Andrade.
O professor Antonio Serra, da comissão da UFF, apresentou aos visitantes gráficos do crescimento da universidade nos últimos anos na cidade de Niterói e no Estado como um todo e declarou que a UFF merece um refrigério por todo esse crescimento.
A apresentação propôs a atualização do Plano Diretor, desenvolvido pela universidade na década de 90, por meio de financiamento público. Algumas das mudanças previstas no plano são a transferência dos cursos de Administração, Ciências Biológicas e os oferecidos no Instituto de Arte e Comunicação Social (Iacs) para o Campus do Gragoatá, a construção de uma unidade didática nos campi do Valonguinho e do Gragoatá e a transferência dos cursos de Química para o campus da Praia Vermelha.
Em resposta ao questionamento da ausência da unidade de Volta Redonda na planilha do Plano Diretor, o professor Sérgio Mendonça, coordenador de Apoio ao Ensino de Graduação da Pró-reitoria de Assuntos Acadêmicos, afirmou que as unidades vão ser incluídas a medida que os projetos forem propostos. Segundo ele o plano “é um compromisso sério, não pura retórica”.
As principais propostas são o combate à evasão de estudantes, a reestruturação do programa de monitoria, regulamentação e implementação do Programa de estágio docente para alunos de pós-graduação, assistência estudantil e universalização digital. Além disso, a ocupação de vagas ociosas e expansão de 20% do número de professores.
A professora Ieda Diniz localizou no tempo a expansão das universidades brasileiras. Segundo ela, em 2003 eram disponibilizados para a Educação Superior R$ 393 milhões do orçamento do governo, e este ano a cifra chegaria a R$ 1,2 bilhão.
O decano de Ensino de Graduação da UnB, Murilo Camargo, expôs as diretrizes do Reuni. As universidades não terão que seguir um modelo único, cada instituição terá autonomia para enviar propostas de acordo com suas necessidades. Para participar do Reuni, as universidades terão que aumentar em, no mínimo, 20%, o número de matrículas da graduação, afirmou Camargo.
O objetivo é criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, no nível de graduação, pelo melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades federais. Entre as metas, estão a elevação gradual da taxa de conclusão para 90%, aumento para 18 o número de alunos por professor, aumento de vagas de ingresso no período noturno, redução da taxa de evasão e ocupação de vagas ociosas.
As universidades que participarem do Reuni, terão um prazo de cinco anos para concretizar os projetos. As universidades que pretendam participar do Reuni no próximo ano devem encaminhar propostas à Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) até 15 de outubro. As propostas aprovadas serão divulgadas em 23 de novembro. Todo conteúdo das diretrizes está na página da secretaria na internet.