A quarta Audiência Pública sobre o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFF para o quadriênio 2008-2011 foi realizada no Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap), em auditório da Faculdade de Medicina, com a participação de 100 pessoas pertencentes a estas unidades e à Escola de Enfermagem, faculdades de Farmácia e de Veterinária, Instituto de Saúde da Comunidade, órgãos da Reitoria, bem como ao Sindicato dos Trabalhadores da UFF (Sintuff) e ao Diretório Central dos Estudantes (DCE). Como nas demais audiências, esteve presente e se manifestou o vereador Leonardo Giordano.
Abriram o evento os professores Emmanuel Andrade, vice-reitor e pró-reitor de planejamento, Silvio Eduardo Gomes, diretor da Faculdade de Medicina e Tarcísio Rivello, diretor do Huap. Alguns membros da direção do DCE protestaram contra a realização destas audiências em período de férias escolares, considerando-as invalidadas pela impossibilidade de participação dos estudantes da UFF, acrescentando que, embora discordando de alguns aspectos do PDI, a entidade manteve sua atuação na comissão e acredita haver alcançado várias conquistas importantes.
O pró-reitor de Assuntos Acadêmicos, Sidney Mello, discorreu sobre a expressiva expansão da oferta de vagas para os cursos da UFF, mencionando que, somente este ano, foram acrescentadas mais 800 vagas para o vestibular. Ele comentou que, apesar deste esforço, a UFF ainda não conseguiu lidar com o problema da evasão. Outros oradores manifestaram suas dúvidas e perplexidades sobre o modelo de “fundação” anunciado pelo Governo para a área de saúde e indagaram como esta questão está sendo avaliada pela UFF e especialmente pela direção do Huap. Em relação a este hospital, reivindicou-se um refeitório para seus servidores.
Chamou-se a atenção para a necessidade da área de saúde da UFF desenvolver atuação intensa e sistemática no âmbito do SUS. Como se deu na audiência realizada no Valonguinho, enfatizou-se o problema dos rejeitos químicos e biológicos resultantes das atividades típicas do Huap e das escolas da área de saúde da UFF. Vinculado a este tema, falou-se da ausência de uma política de segurança do trabalho em saúde e da situação de risco permanente dos seus trabalhadores. Em relação ao quadro de pessoal, destacou-se a perda continuada de servidores, inclusive de concursados que optam por outros empregos melhor remunerados e as dificuldades de reposição da força de trabalho da UFF.
Foi lembrado que a Faculdade de Medicina até hoje não foi contemplada com uma sede própria na UFF, vivendo em condições improvisadas, como é o caso de sua biblioteca, instalada onde era a farmácia do Huap. A questão dos prédios foi também assinalada em relação à Faculdade de Farmácia e à Escola de Enfermagem, embora reconhecendo os investimentos que vem sendo feitos em sua reforma.
Discutiu-se a validade ou não do Huap oferecer atendimento de saúde aos nossos alunos. Propôs-se que a UFF desenvolva uma política de meio ambiente, assim como sobre as práticas opressivas, preconceituosas e discriminatórias. Lembrou-se que a Câmara de Vereadores de Niterói está prestes a votar projeto que institui o passe livre e o meio-passe para estudantes e como o deslocamento entre as unidades é um problemas que atinge especialmente os alunos de Farmácia e Veterinária pela distante localização de suas escolas.
As audiências prosseguem nos dias 8, 10 e 13 no interior do Estado e no dia 17, na Câmara de Vereadores de Niterói.
Propostas e críticas podem ser enviadas para pdi@proplan.uff.br até 31 de agosto. As audiências são transmitidas pela internet, com acesso pelo site www.uff.br/webtv. A quinta audiência será nesta quarta-feira às 14h, no Pólo Universitário de Rio das Ostras.