A UFF e movimentos sociais do campo e da cidade iniciam nesta sexta-feira, 25 de agosto, mais uma edição do curso de extensão Realidade Brasileira, uma parceria que começou em 2003 e pretende discutir e divulgar o papel da universidade pública para ampliar o acesso ao conhecimento produzido.
“Ciência para a Revolução Social: A relação da Universidade e os Movimentos Sociais” é o tema da palestra com Lucia Neves, pesquisadora da Fundação Osvaldo Cruz; Geraldo Gasparin, representante da Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST; e Adriana Facina, professora do Departamento de História da UFF e membro da Coordenação Política e Pedagógica do curso, que acontece no Auditório Milton Santos, do Instituto de Geociências da UFF, a partir da 19h.
O curso de extensão Realidade Brasileira vai durar um ano (292 horas/aula) e pretende gerar reflexões sobre as condições de vida, trabalho, saúde e cultura dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras a partir de uma abordagem histórica da realidade brasileira no período republicano, atrelada a uma perspectiva classista de análise.
Conjugando prática e teoria, o curso investirá em atividades coletivas, enfatizando a importância de valores humanitários e agregadores na construção de um projeto popular para o Brasil. A cada mês, os 120 estudantes ficarão alojados durante um fim de semana no Campus do Gragoatá. Divididos em equipes, os alunos ajudarão também nas tarefas relativas à memória do curso, à alimentação, à limpeza, entre outras. O objetivo é envolver os estudantes e desenvolver a disciplina e a integração.
Entre os movimentos que coordenam esta edição do curso Realidade Brasileira estão o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Frente de Luta Popular (FLP), a Marcha Mundial de Mulheres, o Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), o Movimento Mística e Revolução (Mire) e o Mulheres de Pedra. Todos os alunos são ligados a sindicatos, ONGs ou movimentos sociais. As inscrições estão encerradas.