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Família do cineasta Humberto Mauro busca parceria com a UFF

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O genro e sobrinho do cineasta Humberto Mauro, Carlos Eugênio Mauro, foi recebido no dia 23 de agosto pelo reitor da UFF Cícero Mauro Fialho Rodrigues. Eles discutiram a doação do acervo do cineasta e uma parceria com o curso de cinema da universidade. Carlos Eugênio explica que pretende criar um festival de cinema em homenagem a Humberto Mauro, e quem sabe até uma Fundação. “Qualquer coisa que se faça para divulgar o trabalho dele já é importante. Esse encontro é um começo”, disse Carlos Eugênio. O reitor da UFF declarou que “possibilidade existe, o que falta é recurso”.
Neste primeiro encontro estavam presentes representantes da prefeitura de Volta Grande (MG) cidade natal do cineasta. Apesar do início da carreira de Mauro ter sido em Cataguases, em Volta Grande estão o estúdio e a casa do cineasta, preservados pela família. A proposta é transformar a casa em fundação e um futuro pólo universitário. Representantes da UFF pretendem visitar a cidade e estudar a viabilização dos projetos em setembro.
Humberto Duarte Mauro nasceu em 30 de abril de 1897, aos 26 anos se interessou por cinema. Realizou mais de 20 filmes de longa e curta metragem, como Thesouro perdido, Braza dormida, O descobrimento do Brasil, Ganga bruta e Voz do Carnaval. Mauro também colaborou em programas de rádio e nos filmes Memória de Helena (David Neves, 1969); Como era gostoso o meu francês (Nélson Pereira dos Santos, 1971), Anchieta, José do Brasil (Paulo Cesar Saraceni, 1978); e A noiva da cidade (Alex Viany, 1979).

Em 1936, Humberto Mauro ingressou no Instituto Nacional do Cinema Educativo (Ince), fundado por Edgar Roquette-Pinto, onde realizou mais de 300 filmes documentários. Morreu em 1983, em Volta Grande, e ainda hoje é considerado o mais brasileiro dos cineastas brasileiros. Segundo o também cineasta Glauber Rocha, não existe nada no cinema brasileiro que não tenha referência de Mauro.
Filmografia:
– Valadião, o Cratera (1925)
– Na Primavera da Vida (1926)
– Thesouro Perdido (1927)
– Sangue Mineiro (1928)
– Braza Dormida (1928)
– Lábios sem Beijos (1930)
– Mulher (1932)
– Ganga Bruta (1933)
– Voz do Carnaval (1933)
– Favela de meus Amores (1934)
– Cidade Mulher (1935)
– Descobrimento do Brasil (1936)
– Argila (1940)
– Segredo das Asas (1943)
– Canto da Saudade (1952)

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