Sessão Latina do Cineclube Sala Escura, que acontecerá na quinta-feira, 14 de julho, às 18h30 na cinemateca do MAM. O filme a ser exibido é “Mi querido Tom Mix” (direção de Carlos García Agraz, México, 1991, 90min) e na abertura será apresentado o curta-metragem “Siembro viento en mi ciudad” (direção de Fernando Pérez, Cuba, 1978, 24min). O MAM fica na Av. Infante D. Henrique, 85, Centro – Rio de Janeiro. A entrada é franca.
De acordo com o equipe do projeto, “Mi querido Tom Mix” é uma espécie de faroeste contemporâneo que resgata um aspecto peculiar da própria história do cinema, especificamente o de sua consolidação como meio privilegiado de entretenimento coletivo no universo de um público ávido pelas novidades diárias que eram exibidas com grande entusiasmo e devoção por gerações e gerações de amantes da cultura cinematográfica.
Na década de 1930, Ococito é um pequeno vilarejo do norte do México onde vive a solteirona Joaquina, mulher bondosa que passa as tardes divertindo-se no único cinema da localidade, onde são exibidas diversas séries cinematográficas, dentre as quais a do mítico cowboy do cinema mudo hollywoodiano Tom Mix, a série preferida de Joaquina.
No entanto, numa época em que a criminalidade era representada pelas quadrilhas lideradas por bandidos famosos, nenhum povoado do interior do México poderia se sentir completamente seguro. Quando a tranqüilidade de Ococito é ameaçada pelo bando de Pancho “El Largo”, a espirituosa Joaquina não hesita em buscar ajuda junto ao único herói que ela crê ser capaz de enfrentar os malfeitores, ninguém menos que Tom Mix.
O filme de Carlos García Agraz participou de vários festivais, como no México e em Havana, onde o filme levou o prêmio de melhor atriz. No Festival de Gramado de 1993, além da indicação para o Kikito de melhor filme ibero-americano, “Mi querido Tom Mix” levou ainda o prêmio de melhor ator pela interpretação de Federico Luppi.
O roteiro foi escrito por Consuelo Garrido em uma oficina de roteiros organizada pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez. Sua grande qualidade é recuperar um gênero comumente conhecido no México como “aventura”, que foi de grande importância na história do cinema daquele país e que há anos havia sido deixado de lado.
Na abertura da sessão de julho, haverá o curta “Siembro viento en mi ciudad”, do cineasta cubano Fernando Pérez, que documenta momentos da vida artística de Chico Buarque, suas relações com a vida política e social do Brasil.