O Programa de Ecoeficiência, mais uma vez, gera bons frutos para a universidade. Desta vez, os freqüentadores do Centro de Artes UFF são os contemplados. Desde setembro do ano passado vêm sendo realizadas obras para a instalação do novo sistema de ar condicionado no Teatro da UFF e na Galeria de Arte UFF. O projeto é mais uma iniciativa do Laboratório de Energia dos Ventos (LEV) em parceria com a Coordenadoria de Arquitetura, Engenharia e Patrimônio da UFF (Caep) e com a Finep, que investiu R$ 650 mil na obra.
Quem for ao teatro a partir do dia 15 de março, data da reabertura (leia sobre a programação) e inauguração das novas instalações, que também abrangem melhorias no palco e na platéia, se surpreenderá com a climatização do local e o desaparecimento do ruído que por vezes atrapalhava os eventos. O equipamento implantado – de última geração – é totalmente silencioso.
Segundo o consultor do LEV, engenheiro Alexandre Rigueira, não era só o barulho que incomodava. “A central substituída estava na fase final de vida útil e já era ineficiente em termos energéticos, não alcançando mais a climatização necessária para refrigerar o ambiente”, explica. O novo sistema de ar condicionado atenderá também à Galeria de Arte, além das acomodações do teatro: palco, platéia, camarins e salas da administração.
Como não existe mais a planta da edificação, Rigueira explica que a equipe teve de fazer, durante três meses, obras civis investigatórias e de preparação do ambiente para só depois iniciar a instalação do novo sistema. “Essa foi nossa maior dificuldade, pois grande parte da obra foi realizada com o teatro em plena programação normal”.
Outro ponto positivo do novo sistema de ar condicionado, em termos de eficiência energética, é a independência de cada módulo. Isso quer dizer que as pequenas dependências do teatro, como os camarins e as salas da administração, poderão dispor do ar-condicionado sem que seja necessário ligar a central de todo o sistema de refrigeração, o que ocorria no sistema antigo. Para isso, foram instalados aparelhos de climatização individuais em cada sala e que serão acionados independentemente da central.
Durante toda a execução do projeto a preocupação com o ensino também esteve presente. A obra foi acompanhada por diversos estagiários em diferentes etapas. “Essa experiência proporcionou aos alunos o aprendizado de como fazer uma intervenção em um prédio público”, conclui Rigueira. Marca de seus projetos, o LEV priorizou mais uma vez a ecoeficiência. As novas máquinas implantadas utilizam um gás ecologicamente correto que não causa danos à camada de ozônio.