Notícia

Exposição “Memórias de Niterói” fica na Reitoria até 23 de fevereiro

Notícia antiga

Esta notícia faz parte de um esforço da Universidade Federal Fluminense de conservar, em acervo, conteúdos de comunicação produzidos anteriormente. Notícias de anos anteriores a 2015 estavam armazenadas originalmente em noticias.uff.br e foram migradas para este website. Informações como e-mails, telefones, links, arquivos etc. poderão não existir atualmente, portanto, recomendamos atenção a leitura.

Primeira cidade brasileira a desenvolver uma indústria naval, Niterói volta a ser centro das atenções devido à atividade. Inaugurada ontem na UFF, a exposição “Memórias de Niterói” segue até o dia 23 de fevereiro revelando ao público imagens, objetos e histórias que vão muito além dos conhecidos estaleiros.
A mostra reúne diversos documentos históricos ­ tanto textuais quanto iconográficos ­ a respeito da temática naval que estavam dispersos ou eram simplesmente descartados pelos proprietários. Selos raros, livros, flâmulas, moedas e até uma gravura do Estaleiro da Ponta D’Areia – hoje Estaleiro Mauá – fazem parte do acervo. “É uma gravura da primeira metade do século XIX, uma reprodução bastante rara”, ressalta César Ornellas, curador da exposição e mestre em História pela UFF.
A exposição se divide em três partes: “Barcas”, “Porto de Niterói” e “Estaleiros”, articuladas com o módulo “Resíduos e Memória”, organizado pelo professor Emílio Eigenheer, do Programa de Coleta Seletiva. O módulo trabalha com as referências sobre a indústria naval presentes na memória da cidade.
Outro destaque da mostra é o Plano do Porto de Niterói. Por meio da imagem, é possível observar todo o traçado das ruas, bastante detalhado. Mas o projeto não chegou a ser totalmente implantado. “Operacionalmente, o porto foi inaugurado em 1927, mas toda a questão urbanística em volta dele, as edificações, não foram concluídas, praticamente só o traçado das ruas foi concluído”, ressalta Ornellas.
Quem visitar a exposição terá ainda a oportunidade de apreciar fotografias das estações da Cia. Cantareira e Viação Fluminense. Uma delas é a estação da Praça Martim Afonso que, embora ainda esteja em funcionamento, teve seu prédio histórico totalmente demolido devido a um incêndio em 1959, ocorrido durante o chamado “Quebra-quebra das Barcas”. “Depois do episódio, o prédio foi sendo descaracterizado aos poucos e hoje só o temos na memória fotográfica da cidade”, conclui Ornellas.

Pular para o conteúdo