PDI: participação da comunidade é essencial para avanços na UFF

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) consiste em um documento no qual é definida a missão da universidade, para atingir as metas e objetivos institucionais para os próximos cinco anos (2018-2022). Essas propostas são estabelecidas por meio dos resultados de uma consulta pública à comunidade da UFF, da qual todos são convidados a participar – docentes, técnicos administrativos e discentes, além de moradores dos municípios onde a UFF está instalada.

A colaboração da comunidade universitária é fundamental para que o PDI tenha as ferramentas realmente necessárias para atender às necessidades dos diversos públicos que compõem a universidade. Além disso, o caráter democrático da consulta pública dá voz a todos os grupos que são beneficiados pelo programa.  

É fundamental que o PDI esteja intimamente articulado com a prática e os resultados da avaliação institucional realizada, tanto como procedimento autoavaliativo, como externo. Os resultados destas avaliações balizarão as ações para sanar deficiências que tenham sido identificadas nas etapas do questionário. A Comissão Própria de Avaliação (CPA/UFF) é responsável pela avaliação interna, enquanto a Divisão de Avaliação (DAV) da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) realiza a avaliação externa.

Com o objetivo de propor um planejamento a longo prazo para a instituição, o PDI vai além de qualquer gestão administrativa e reflete a política de estado da UFF, orientando os gestores atuais e futuros no fomento a programas e projetos que possam contribuir para o desenvolvimento da comunidade universitária.

Segundo a representante da CPA/UFF, Virginia Dresch, a Comissão de Orçamento e Metas é a responsável pela condução do processo de elaboração e acompanhamento do projeto. Anualmente, um relatório contendo a evolução dos indicadores avaliados é produzido e submetido à aprovação do Conselho Universitário (CUV). Este documento, bem como o trabalho da Comissão, é publicado no site do PDI.

Após a elaboração do PDI, os gestores preparam um Plano de Gestão Anual com iniciativas destinadas ao alcance das metas propostas. Um dos indicativos acompanhados, a Taxa de Sucesso na Graduação (TSG), se refere à quantidade de estudantes de graduação diplomados e suas variações demonstram algumas necessidades da instituição. “Desde 2012, por exemplo, a TSG da UFF está decrescendo, de 59%, em 2012, à 38,44%, em 2016. As principais variáveis que incidem sobre a TSG são a evasão e retenção dos estudantes. Para elevar esse índice, todos – Conselhos Superiores, Gestão, Docentes, Técnico/as, Discentes e Comunidade Externa – precisam se engajar em ações organizadas neste sentido”, afirma Virginia.

Realizado desde 2003, o atual Plano de Desenvolvimento Institucional terá a consulta pública no período de 20 de julho a 20 de setembro e definirá as metas e projetos da UFF até 2022.

Projetos beneficiados no último PDI

Os programas aprovados e acompanhados pelo último PDI abrangem diversas segmentos da universidade. O investimento em assistência estudantil, pesquisa, extensão, comunicação social, documentação, tecnologia da informação, arquitetura e engenharia, além de cultura, é condição essencial para o desenvolvimento e a melhoria dos serviços oferecidos pela instituição. Dentre as iniciativas beneficiadas no plano, destacam-se, por exemplo, projetos voltados à divulgação científica, capacitação, inclusão social, incentivo à inovação, mobilidade internacional e ensino de idiomas, tais como:

Sensibiliza

Projeto que tem como objetivo fomentar a implantação e consolidação de políticas inclusivas na UFF, o Sensibiliza, buscar eliminar as barreiras arquitetônicas, comunicacionais, metodológicas, instrumentais, programáticas e atitudinais enfrentadas pela comunidade. Desde 2008, a iniciativa vem sendo beneficiada pelo PDI, como explica a coordenadora, Lucília Machado. “Recebemos apoio para a compra de equipamentos, pagamento de bolsas aos alunos que auxiliam estudantes com deficiência, além do incentivo a projetos como as bibliotecas acessíveis, a UFF sem barreiras - destinado aos servidores - e avanços em inovação em parceria com a Agir para a produção de equipamentos”, esclarece.

Incentivo à inovação

Segundo o diretor da Agência de Inovação (Agir), Thiago Renaut, as bolsas de iniciação à inovação são de grande importância para uma universidade com perfil inovador como a UFF, pois através deste programa torna-se possível adotar uma postura pró-ativa em relação às tecnologias que possuem potencial de aplicabilidade, encaminhando-as para o escritório de transferência de tecnologia e para a incubadora de empresas. “Os alunos que participam destes projetos apresentam uma formação mais sólida podendo ser aproveitados em futuras pesquisas de inovação eventualmente desenvolvidas pela instituição e seus parceiros”, destaca.

Bits Ciência

A Bits Ciência é a revista eletrônica de Divulgação Científica, Inovação e Tecnologia da UFF, que é produzida pelos alunos do curso de Comunicação Social, coordenada pelas professoras Denise Tavares e Renata Rezende e conta com o apoio da Unitevê, canal universitário, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Segundo Denise, o projeto foi criado com o objetivo de divulgar os trabalhos produzidos pela comunidade universitária. “A publicação permite uma visão maior da UFF como produtora de conhecimento e, além disso, integra os alunos despertando o interesse por esse novo campo de  trabalho ligado à divulgação científica”, enfatiza.

Pule

O Programa de Universalização das Línguas Estrangeiras (Pule) tem como objetivo possibilitar aos alunos da Universidade Federal Fluminense a oportunidade de aprendizagem de outros idiomas, agregando valor à formação acadêmica e profissional do estudante. Ao todo, são oferecidos cinco cursos gratuitos - espanhol, inglês, francês, alemão e italiano - com duração de seis semestres e material didático fornecido pelo programa.

Segundo a estudante de Comunicação Social que cursa espanhol no PULE, Dayane Alves, o projeto é uma grande oportunidade para os estudantes. “Se não fosse pelo programa, provavelmente eu não poderia fazer um curso de língua estrangeira, devido aos custos. Além disso, os professores são atenciosos e o material didático é bem completo”, ressalta a aluna.

Já para a doutoranda em Estudos de Linguagem e aluna de inglês do Pule, Carla Mota, o programa foi essencial para sua formação. "O Pule foi extremamente importante para mim, pois além de possibilitar o entendimento dos textos acadêmicos ao longo do mestrado, também me preparou para a prova instrumental de inglês do processo seletivo para o doutorado", conclui. 

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