Huap oferece acolhimento humanizado aos profissionais de saúde, pacientes e familiares

Crédito da fotografia: 
Unidade de Comunicação Social (UCS) do Huap

Objetivo do psiCOVIDa é dar suporte emocional durante a pandemia de coronavírus

Pensando nos profissionais de saúde durante a pandemia de coronavírus, o setor de Psicologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) está oferecendo acolhimento e escuta àqueles que necessitarem de suporte psíquico ou emocional. O acolhimento é oferecido aos profissionais do hospital de forma presencial ou online, e, conforme demanda avaliada pela equipe assistente, também aos pacientes internados e seus familiares.

De acordo com o reitor da Universidade Federal Fluminense, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, essa iniciativa potencializa uma rede de acolhimento psicológico com ações voltadas para todos os segmentos. “O conceito que perpassa nossa ação contra a Covid-19 é de articulação e de colaboração de nossas competências e habilidades. Portanto, há ações em diversas frentes, como o nosso programa, que foi lançado há poucos meses, de apoio à saúde mental dos alunos, que ampliou-se com o apoio específico aos servidores, coordenado pela Progepe e, agora, com esse grupo de psicólogos do Huap. Com isso, forma-se uma rede integral de apoio psicológico e emocional, atuando em todos os segmentos, num momento em que a saúde é entendida não somente como a ausência de doenças, mas o bem-estar físico, psíquico e social”.

psiCOVIDa

O trabalho, chamado psiCOVIDa (em alusão ao Covid-19), é realizado pelas psicólogas Ana Paula Brandão, Andréia Thurler, Julia Reis, Marcia de Martino, Rosangela Pontual e Tânia Ventura, e conta com o apoio da psiquiatra Thabata Luiz.

Durante o surto de coronavírus, as seis psicólogas do Huap estão voltadas a esse atendimento, já que as consultas de ambulatório foram suspensas para evitar aglomeração no ambiente hospitalar. Seguindo as orientações do Conselho Federal de Psicologia, o objetivo do trabalho é levar aos acolhidos a mensagem de que eles não estão sozinhos neste momento. Segundo Júlia Reis, psicóloga do Huap e uma das profissionais envolvidas no psiCOVIDa, a oferta de serviço foi pensada como uma frente de acolhimento humanizado:

- Nós nos perguntamos o que poderíamos ofertar aos trabalhadores, em nível de escuta, também pensando em práticas de humanização. O objetivo principal é atender os profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à pandemia e que tenham sido acometidos por desgaste físico, psíquico ou emocional. É um cuidado ampliado, pois entendemos que o profissional precisa estar bem emocionalmente para cuidar do outro.

Acolhimento também pode ser à distância

A ideia de ofertar acolhimento online, além de presencial, é para atender também os profissionais que não consigam estar no ambiente hospitalar nos horários de atendimento. Os motivos para a procura do atendimento são variados: questões emocionais; medo de contaminação; estresse próprio do trabalho; preocupação no uso correto de EPIs; etc. Dar conta dos medos, angústias e ansiedades, relatados através da escuta, é importante para que estes não se agravem, se manifestando sob a forma de sintomas, o que poderia acarretar no afastamento do trabalho.

- O efeito de um não acompanhamento pode levar a um agravamento desse quadro, gerando afastamento do profissional. Perderíamos força de trabalho, que é crucial para enfrentar a pandemia. É a maneira que encontramos de ajudar os profissionais a atravessarem essas possíveis dificuldades, além de diminuir o peso da carga de trabalho, para que ele consiga se sentir seguro nesse ambiente. Assim, ele pode realizar todos os procedimentos da melhor maneira. Se a gente não cuidar disso nesse momento, teremos muitos efeitos futuros -, complementou a psicóloga.

Atendimento é estendido a pacientes e seus familiares

O acolhimento também é feito presencialmente, mediante uma avaliação da equipe de saúde. Além disso, se estende aos familiares dos pacientes que venham a ser diagnosticados com Covid-19 e tenham que ser hospitalizados em isolamento. “Como os parentes não podem visitá-los, pensamos nas práticas humanizadas como forma de aproximar essas pessoas. É tornar possível alguma comunicação da família com o paciente através de cartas e desenhos de crianças, por exemplo”, explica Júlia.

Em breve, o número de celular para contato será divulgado. Este será um Whatsapp específico do Grupo psiCOVIDa. A partir do recebimento da mensagem do interessado, a equipe definirá a forma de atendimento. A escuta presencial está sendo realizada no próprio Huap.

* Com informações da Unidade de Comunicação Social (UCS) do Huap

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