UFF rompe negociações com o movimento grevista após invasão da reitoria

Ontem (03/09/15), às três horas da tarde, militantes da Aduff e do Sintuff invadiram o pátio em frente da reitoria. Sem autorização, instalaram banheiros químicos no espaço da universidade, um gerador na calçada, interromperam o trânsito e provocaram um acidente na rua que levou quatro pessoas ao hospital. Os manifestantes, incluindo pessoas estranhas à universidade (como o MTST), danificaram instalações e picharam um banheiro do prédio da reitoria. Tratou-se de um ato de desrespeito e violência, que inviabiliza a continuidade das negociações mantidas pela administração da UFF com estes setores.

Tais ações demonstram de maneira cabal a imaturidade do movimento à frente das greves docente e de técnico-administrativos da UFF e o seu desinteresse em buscar soluções negociadas. Elas deixam claro os impasses de um movimento à frente de uma greve que muito embora pudesse ser justificada pelo corte no orçamento do governo para a educação, por outro lado se arrasta por mais de 90 dias sem uma pauta viável, paralisa a universidade, causando enormes prejuízos à formação dos alunos, em particular àqueles com condição socioeconômica mais vulnerável. E ainda pior, fornece argumentos privatistas àqueles que são contra a universidade pública e autônoma.

A administração da UFF acredita que a verdadeira luta pela universidade pública se faz com as portas abertas, mostrando a sua relevância como agente de educação pública e formação de cidadãos, pesquisa, extensão, e prestação de serviços à sociedade. Rompida a possibilidade de diálogo, caberá à UFF recorrer à Justiça para resolver o impasse e responsabilizar os setores que causam danos ao patrimônio público.

Sidney L. M. Mello - Reitor
Antonio Claudio Lucas da Nóbrega - Vice-Reitor
Universidade Federal Fluminense

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