Eduff lança livro com entrevistas de documentaristas baianos dos anos 1970

Durante sua pesquisa de dissertação de mestrado, o ator e professor José Marinho entrevistou seis cineastas atuantes entre 1955 e 1969, período efervescente do Ciclo Baiano, manancial do Cinema Novo. Embora cinco deles também tenham feito filmes de ficção, todos se destacaram por seu trabalho como documentaristas, aspecto principal abordado nos depoimentos, realizados na década de 1970 e agora reunidos no livro Um discreto olhar (Eduff, 294p.). O lançamento será nesta quinta-feira, às 19h, na Livraria Blooks, na Praia de Botafogo, 316 (Espaço Itaú de Cinema), Rio de Janeiro. Também haverá um lançamento no dia 3 de junho, às 18h, na Livraria Icaraí, Rua Miguel de Frias, 9, anexo, Icaraí, Niterói.

Na obra, Guido Araújo, Luiz Paulino dos Santos, Geraldo Sarno, Tuna Espinheira, Olney São Paulo e Agnaldo Azevedo (Siri) – os três últimos já falecidos – falam sobre seus processos criativos e os caminhos utilizados para a abordagem direta da realidade. Além da baianidade e da vocação para o documentário, os cineastas têm em comum o fato de terem nascido em pequenas cidades do interior do estado: Geraldo Sarno é de Poções; Guido, de Castro Alves; Luis Paulino, de Esplanada; Olney, de Riachão do Jacuípe, e Tuna, apesar de ter nascido em Salvador, foi criado em Poções e Jequié. Siri é o único do grupo que nasceu e cresceu em Salvador.

“Mais um traço comum no grupo é que não faziam roteiros para os documentários, seguiam a boa, antiga e recorrente linha do documentário que era criado na espontaneidade do encontro entre o olhar do documentarista e a resposta do real, no diálogo entre as realidades e a sensibilidade do artista. A estrutura do filme, a maneira de contar a história ou a sensação que haviam filmado sem planejamento dramático era criada, ou revelada, na edição”, aponta o jornalista e diretor Orlando Senna, no prefácio do livro.

Ao longo das entrevistas, José Marinho traça o perfil dos realizadores e explora os relatos de suas trajetórias e filmes, montando um painel das ambições e dificuldades de produção de um cinema independente, comprometido com a tomada de consciência do brasileiro e revelador de facetas originais e inesperadas do Nordeste.

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