Mariana Baltar lança "Realidade lacrimosa" pela Eduff

Onde: 
Blooks Livraria
Praia de Botafogo, 316
Botafogo
Rio de Janeiro - RJ
Quando: 
ter, 29/10/2019 - 19:00 até 21:00
Descrição: 

Caracterizado pelo caráter racional e analítico da realidade, o documentário pode também apresentar traços afetivos, íntimos e muitas vezes sentimentais de histórias cotidianas. Em “Realidade lacrimosa” (Eduff, 2019), Mariana Baltar aborda a tendência do documentário latino-americano contemporâneo de incorporar à construção da narrativa o melodrama e as histórias de vida de pessoas comuns. A análise se desenvolve a partir da análise de filmes brasileiros bem conhecidos do público: Ônibus 174, Um Passaporte Húngaro, Peões, A Pessoa é para o que nasce, Estamira e Edifício Master. O lançamento, com noite de autógrafos, será no dia 29 de outubro, às 19h, na Blooks Livraria, em Botafogo.

 

Mais do que histórias privadas, os documentários analisados trazem questões sintomáticas da contemporaneidade, como o debate do público e do privado. Por meio de conceitos-chave, como personagem, autoperformance, intimidade, memória e subjetividades midiáticas, o processo de autoexposição da intimidade é questionado. Como equilibrar o caráter documental e o excesso melodramático das performances?

 

Para isso, a autora buscou narrativas em que a apropriação do melodramático desestabiliza lugares tradicionais de legitimidade. Ela partiu da hipótese de que os filmes que mais chamam a atenção do público são aqueles que apresentam cenas de conversas e confissões de dramas íntimos que promovem a sensação de uma intimidade partilhada.

 

Nos seis documentários analisados, a narrativa está centrada em dramas íntimos compartilhados por meio de depoimentos dos personagens. Para a autora, quanto mais se consolida a sensação de intimidade, mais se acredita na realidade documentária do filme. Como no caso de Eduardo Coutinho, diretor de dois dos documentários analisados, que costuma pedir para que os personagens cantem para as câmeras. “Não é a beleza das performances musicais que está em jogo, mas a sua força enquanto símbolo e, principalmente, enquanto exposição de uma vulnerabilidade frente ao olhar público da câmera. Tal vulnerabilidade ativa o jogo de empatias próprio do melodrama, aproxima afetiva e passionalmente espectadores de personagens, sentimo-nos compartindo intimidades”, explica Baltar.

 

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