Desde a Grécia antiga, a Democracia é marcada pela busca da verdade no discurso e nas informações que circulam pela esfera pública. A democracia ateniense e romana da antiguidade encontram o seu fim através da propagação de notícias falsaS. Nesta fase da modernidade, na era digital, muito além das preocupações já existente com fabricação midiática do consenso social, as fakesnews e os discursos  de ódio são potencializadas pela inteligência artificial, alterando dados das notícias reais e dificultando a capacidade analítica dos usuários das redes sociais. Depois do processo eleitoral que envolveu os Brexit no Reino Unido ficou claro que as empresas que propagam as deepfakes lucram milhões com cenários de polarização política, gerando a dinâmica de que as eleições poderão ser vencidas pelos candidatos que investirem nesse tipo de serviço. Tal realidade precisa ser intensamente debatido pelas universidades e pela sociedade de forma multidisciplinar, já que a questão exige a utilização da inteligência artificial para combater a própria inteligência artificial utilizada nas deepfakes, com o suporte jurídico da regulação e criminalização de tais práticas.