Depoimento do Reitor da Universidade Federal Fluminense - UFF

A UFF realizou um programa ousado de expansão, ao ponto de dobrar o número de vagas em cinco anos, inclusive estendendo a universidade pública para oito campi no interior do Estado do Rio de Janeiro. Este crescimento foi, em grande parte, acompanhado pela melhoria da infraestrutura de salas de aula e laboratórios e, sobretudo, pelo aumento da qualidade do ensino e da pesquisa.

Esse rápido crescimento gerou para a UFF passivos financeiros, envolvendo pagamentos de energia, obras paralisadas e até custos com a aquisição de imóveis. O forte contingenciamento de recursos por parte do Ministério da Educação – MEC aprofundou ainda mais tais problemas.

Neste sentido, a UFF tem mantido uma agenda permanente de trabalho com a Secretaria de Ensino Superior – Sesu do MEC, para tratar de especificidades da universidade, que a rigor demandam atenção urgente e mitigadora de problemas futuros acerca do seu patrimônio.

Destaco aqui, mais recentemente, a finalização do prédio do Instituto de Química, a dívida com o INSS referente a um terreno adquirido em 2011 e ainda a retomada do projeto executivo do Cine Icaraí, adquirido pela UFF no mesmo ano. Isto porque: (1) o Instituto de Química requer, ainda este ano, recurso para contratar obra emergencial com contrapartida provável da Petrobras da ordem de 19 milhões e (2) o terreno do INSS e o Cine Icaraí vêm sendo foco de questionamento do Ministério Público Federal - MPF, principalmente sob a perspectiva do seu uso pela universidade e a sociedade.

Essas questões, importantes, sem dúvida, são herdadas do processo de expansão da UFF e, claro, resultantes de acordos institucionais entre o Ministério da Educação e a UFF no passado recente. Hoje, a UFF sozinha não conseguiria resolver essas questões e, por isso, requer o apoio do MEC.

O acolhimento e a atenção da Sesu às nossas especificidades têm sido exemplares do ponto de vista profissional e institucional, pois a referida secretaria do MEC tem pleno conhecimento da situação do sistema universitário brasileiro com o fim do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni.

Assim, gostaria de deixar claro que os ganhos institucionais não se traduzem diretamente como uma concessão, mas sobretudo como um compromisso de análise e avaliação das solicitações no contexto das Instituições Federais de Ensino Superior – IFES. São, de fato, apontamentos da expectativa de toda a comunidade da UFF, com base no seu próprio orçamento.

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