Autora resignifica o conceito de analfabetismo no Brasil

Segundo o IBGE de 2017, o Brasil tem cerca de 11,8 milhões de analfabetos. Esse número equivale a 7,2% da população, sendo a região do Nordeste a mais afetada pela questão. Em “Analfabeto: problema social e desonra pessoal” (Eduff, 2018), a antropóloga Tatiana Cipiniuk resignifica o conceito de analfabetismo e o destaca como um “problema social”. Como metodologia, a autora registrou experiências de indivíduos que frequentam aulas públicas de alfabetização, no período noturno, em Copacabana, e reflete sobre como esse aprendizado considerado “tardio” é, também, uma forma de se “libertar da discriminação” inerente ao título.

A obra analisa a produção desse padrão de alteridade entre letrados e analfabetos e como a formação de um “caminho a ser seguido”, no caso dominar a comunicação escrita, faz com que os demais indivíduos sejam colocados em uma posição inferior, de vergonha e desonra. Além disso, o analfabetismo muitas vezes é associado à ignorância total, ignorando e desprezando, assim, todas as outras formas de inteligências e conhecimentos que pessoas que não dominam a escrita podem ter.

Em um cenário no qual é exigido cada vez mais o conhecimento da linguagem escrita, além de domínio de línguas estrangeiras e linguagem informática, a autora coloca em questão os dramas sociais tão silenciados e vividos por indivíduos analfabetos ou pouco alfabetizados. Reflete, assim, sobre as condições, atributos e esforços desses indivíduos para que possam conquistar o lugar de “letrado” na sociedade.

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A atualização mais recente deste conteúdo foi em 10/05/2018 - 13:25