Artigo “Avaliação centrada no usuário: aspectos conceituais e experiências internacionais”, de Aluísio Gomes, é publicado em livro pela ANS

Redaçao ISC

Doutor em Saúde Pública e professor de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFF, Aluísio Gomes da Silva Júnior tem artigo sobre avaliação centrada no paciente publicado no livro “Conhecimento técnico-científico para qualificação da saúde suplementar, uma realização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O trabalho, mostra que primeiramente é necessário compreender a importância da Assistência Centrada no Paciente e que pode ser abordada sobre quatro dimensões: Políticas Públicas (respeitar as vontades e necessidades do paciente), Econômico (paciente enquanto consumidor tem direito de participação nas decisões), Clínica (opinião do paciente relacionada aos cuidados) e Perspectiva do Paciente (prioridades no tratamento com o paciente, como cortesia e respeito).

Em entrevista à Redação do portal de notícias do ISC, Aluísio Gomes, também Líder do Grupo de Estudos de Gerência e Ensino em Saúde – GEGES (CNPq), explica que “relacionando essa análise às propostas de Mead e Bower (2000) e Stewart et al. (2003), concluiu-se que na verdade o paciente deve ser visto como um todo, como pessoa, de modo a estabelecer um diálogo e maior proximidade entre ele e os profissionais”.

Gomes destaca ainda que embora esses fatores sejam os mais apontados em pesquisa como conceito de bom atendimento, os pacientes diferem entre si pelo grau de instrução e necessidades e isso deve também ser levado em conta.

Segundo Sofaer e Firminger (2005), a experiência e satisfação do paciente podem variar de acordo com o momento e o prestador, devendo preferencialmente ter análises de forma isolada. A avaliação centrada no paciente deve ocorrer sob três perspectivas: terceira pessoa (grau de incapacidade de um indivíduo para realizar suas atividades cotidianas), segunda pessoa (análise um pouco mais próxima do paciente, baseado em gravações de momentos de comunicação entre o paciente e terceiro) e primeira pessoa (centrada no usuário).

Para que os conceitos não sejam confundidos pelo paciente na avaliação centrada, a mesma pode ser acompanhada por um profissional que definirá cada tópico abordado. Baseados em opiniões de especialistas do International Society for Quality of Life Research (ISOQOL), é possível afirmar que a Avaliação Centrada no Paciente deve seguir alguns padrões como alta confiabilidade e tradução para outras línguas, por exemplo.

Nas últimas duas décadas, o conceito tem sido explorado sob uma perspectiva em “primeira pessoa” para avaliar a qualidade dos serviços de saúde. As avaliações em “segunda e terceira pessoa” também são importantes, porém é necessário mesclá-las para possibilitar a obtenção de resultados mais precisos. As experiências internacionais têm ganhado mais espaço e pode ajudar a estabelecer um serviço de melhor qualidade nas redes pública e privada.

O artigo “Avaliação centrada no usuário: aspectos conceituais e experiências internacionais” pode ser conferido na íntegra no capítulo 2 do livro “Conhecimento técnico-científico para qualificação da saúde suplementar”, publicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil.

Sobre Aluísio Gomes da Silva Junior

Médico, Doutor em Saúde Pública, Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva –UFF, Líder do Grupo de Estudos de Gerência e Ensino em Saúde – GEGES (CNPq)

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